A Rede Santa Catarina e a prefeitura de Blumenau chegaram a um acordo para prorrogar o contrato de prestação de serviços oferecidos pelo SUS no Hospital Santa Isabel. O vínculo venceria no dia 31 de julho, mas foi estendido para 31 de dezembro. Costurada nos bastidores, a articulação ainda não resolve o impasse financeiro que ameaça atendimentos de especialidades de alta complexidade no hospital, mas abre caminho para que as partes ganhem tempo.
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Há pelo menos um ano e meio o Hospital Santa Isabel vem alertando para a defasagem financeira de serviços de alta complexidade nas áreas de oncologia, neurologia, cardiologia e pronto atendimento. Para este ano, a unidade projeta um déficit na casa dos R$ 50 milhões. O cenário fez a instituição anunciar que encerraria esses serviços em junho. Diante da repercussão negativa, o contrato foi prorrogado até o fim de julho e, agora, até dezembro.
“Não existe bala de prata”, diz secretário sobre impasse financeiro do Hospital Santa Isabel
Em nota encaminhada à equipe da NSC TV, o Hospital Santa Isabel confirmou que a prorrogação do contrato foi feita “em comum acordo” com a Secretaria de Saúde de Blumenau. A instituição, no entanto, alega que “ainda é imprescindível que o ente público realize os complementos financeiros necessários para o equilíbrio econômico do contrato” para evitar remanejamento parcial dos atendimentos a outras hospitais. Já há um movimento para que o Santo Antônio assuma os serviços de oncologia.
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Representantes dos governos municipal e estadual participaram na última sexta-feira (28) de uma reunião com dirigentes da Rede Santa Catarina para discutir o assunto – desse encontro saiu o acordo para a nova prorrogação contratual. A secretária de Saúde de Blumenau, Jaqueline Mocelin, admite que ainda não há solução definitiva para o problema.
— A medida (nova prorrogação do contrato) tem o intuito de evitar uma ruptura abrupta na assistência à saúde da população — diz.
Ela cita “vários movimentos” feitos por município e Estado para garantir a continuidade dos atendimentos, como repasses financeiros — R$ 3,5 milhões da prefeitura para ampliação de leitos de UTI, R$ 5 milhões de deputados para a reforma do setor de oncologia e mais R$ 2 milhões do Estado para a manutenção dos serviços. As verbas ajudam, mas ainda não estancam a defasagem na relação receitas versus despesas e apenas adiam a resolução do impasse.
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