Avançou dentro da prefeitura de Blumenau o projeto de ampliação do Hospital Santa Catarina. Um estudo de impacto de vizinhança da obra (EIV) já tramita junto à Secretaria de Planejamento Urbano. O documento revela algumas mudanças em relação à proposta apresentada em fevereiro de 2020 pela direção da instituição.
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A principal delas é a altura do novo edifício que será construído em um terreno na esquina da Rua Amazonas com a Rua Araranguá, em frente às atuais instalações do hospital – onde hoje existe um estacionamento. A ideia inicial era fazer um prédio com 14 andares. A proposta, agora, prevê uma estrutura com 19 pavimentos. A área total (39,7 mil metros quadrados) não mudou, diz o engenheiro Marcos Roberto Bucco, um dos responsáveis pelo projeto. Os andares é que ficarão um pouco mais estreitos.
— Foi um ajuste feito em função dos índices urbanísticos, considerando recuos e o posicionamento das torres — esclarece.
O investimento previsto também aumentou. Em 2020, o HSC projetava um aporte de pouco mais de R$ 50 milhões. Agora o EIV fala em uma estimativa de R$ 95 milhões. É reflexo, segundo Bucco, da inflação de itens da construção civil, que dispararam de preço desde o início da pandemia.
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O EIV em análise antecede a audiência pública onde a comunidade poderá tirar dúvidas sobre a expansão. A data ainda vai ser marcada. Vencida esta etapa é que a obra estará liberada para começar. De acordo com Bucco, o plano é iniciar os trabalhos assim que o alvará de construção for concedido.

O projeto
Além de um prédio com 19 andares, a proposta prevê um subsolo para estacionamento, um heliponto na cobertura e pelo menos duas passarelas sobre a Rua Araranguá, conectando as atuais dependências ao novo empreendimento. Com isso, o acesso principal à instituição deixaria de ser feito pela Rua Amazonas.
O projeto estima que o edifício tenha 288 salas comerciais – eram 160 na primeira proposta –, voltadas principalmente a operações de saúde que deem suporte ao hospital. Serão quase 500 vagas de estacionamento para veículos, sendo cerca de 200 delas rotativas, além de 135 vagas para bicicletas e outras 69 para motos.
O EIV cita ainda “espaços destinados ao atendimento da população por diversos serviços”. As futuras obras devem gerar pelo menos 50 empregos temporários. Como contrapartida para os impactos gerados, o hospital propôs entre medidas compensatórias a doação de uma área de quase 700 metros quadrados na Rua Armando Odebrecht, implantação de travessias elevadas e instalação de novos pontos de ônibus no local.
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