Assembleias na noite desta quinta-feira (23) aprovaram venda da centenária instituição de saúde (Foto: Divulgação)
Negócio fechado: a Unimed Blumenau vai comprar o Hospital Santa Catarina. A aquisição foi aprovada por médicos cooperados e membros da União Paroquial Luterana, mantenedora da centenária unidade hospitalar, inaugurada em 1920, em assembleias simultâneas realizadas na noite desta quinta-feira (23). O valor do negócio não foi divulgado.
As diretorias das duas partes já haviam acertado os termos da operação, como antecipou a coluna, mas a aprovação com maioria de votos nas assembleias era condição necessária para que a venda fosse concretizada. O contrato deve ser assinado nesta sexta (24). A expectativa da Unimed é assumir a gestão do Hospital Santa Catarina em julho. Até lá, equipes trabalharão na transição.
Segundo o diretor executivo da Unimed, Vitor Helmann, nada muda nas diretrizes da gestão. O foco da cooperativa será reforçar as práticas de qualidade e manter os padrões de excelência do hospital, condição colocada pelos luteranos para que o negócio avançasse.
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Uma das primeiras medidas que a Unimed deve tirar do papel é uma ampliação do centro cirúrgico, com a instalação de quatro novas salas cirúrgicas. O projeto já está pronto e o prazo de conclusão das obras é de oito meses. A criação de mais leitos de internação também está nos planos.
Em paralelo, a cooperativa mantém no radar a intenção de finalizar a estrutura, hoje abandonada, do hospital que começou a ser construído junto ao pronto-atendimento no bairro Vila Nova. A ideia é finalizar a edificação e torná-la uma unidade referência em maternidade e pediatria.
As conversas entre as partes iniciaram em fevereiro e avançaram rapidamente. Antes disso, a Unimed Blumenau tentou firmar uma parceria com a Associação Congregação Santa Catarina (ACSC), mantenededora do Hospital Santa Isabel, que acabou não vingando.
Relembre grandes empresas de Blumenau que foram vendidas
A Artex foi incorporada nos anos 2000 pela Coteminas (Foto: Reprodução)
A Mega Transformadores foi comprada em 2000 pela multinacional sueco-suíça ABB (Foto: Reprodução)
A Eisenbahn foi comprada em 2008 pelo Grupo Schincariol. Depois, foi negociada com a japonesa Kirin até ser adquirida pela Heineken (Foto: Divulgação)
Em 2008 a francesa Areva, fornecedora de equipamentos de energia, comprou a Waltec, que mais tarde passaria a integrar a Schneider Electric (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Em 2010 a Wheb Sistemas, fabricante de softwares de gestão de saúde, foi comprada pela multinacional Philips (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
A Dudalina foi vendida em 2013 para fundos americanos e um ano depois acabou comprada pela Restoque, hoje Veste S.A (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Desde setembro de 2016 a Bermo, fabricante de válvulas e equipamentos industriais, faz parte do Grupo ARI Armaturen, da Alemanha (Foto: Divulgação)
A Baumgarten não foi vendida, mas em 2016 anunciou uma fusão com duas empresas alemãs que deu origem à All4Labels (Foto: Divulgação)
Em 2017, a CM Hospitalar, dona do Grupo Mafra (atual Viveo), anunciou a compra da Cremer (Foto: Luís Carlos Kriewall Filho, Especial, BD)
Desenvolvedora de softwares de gestão logística, a HBSIS foi comprada em 2019 pela cervejaria Ambev (Foto: Divulgação)
Em março de 2021, a Viveo comprou o Grupo FW, fabricante de lenços umedecidos e dona da marca Feel Clean (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Cia. Hering aceitou uma proposta de compra do Grupo Soma (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Hemmer foi comprada pela multinacional Kraft Heinz (Foto: Artur Moser, NSC Total, BD)
A Unimestre, que desenvolvia sistemas de gestão educacional, foi comprada em outubro de 2021 pela Plataforma A+ (Foto: Divulgação)
Em 2021 a fintech PagueVeloz aceitou uma proposta de compra feita pela Serasa (Foto: Pedro Machado, NSC Total, BD)
A agência de marketing digital A7B foi comprada em 2021 pela Adtail, empresa gaúcha do mesmo ramo (Foto: Divulgação)
Em 2021, o Laboratório Hemos foi comprado pelo Grupo Sabin, uma das principais empresas de medicina diagnóstica do Brasil (Foto: Divulgação)
Em 2021, a startup Velo foi comprada pela QuintoAndar, plataforma de moradia (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2021, a marca Sulfabril foi arrematada em leilão pela companhia têxtil catarinense Lunelli (Foto: Lucas Amorelli, BD)
A Movidesk, que oferece soluções tecnológicas de atendimento e suporte a clientes, foi comprada em dezembro de 2021 pela companhia gaúcha Zenvia (Foto: Divulgação)
Em 2021, a fabricante de etiquetas, tags e acessórios de moda Tecnoblu foi comprada pela canadense CCL Industries (Foto: Divulgação)