O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), diz que a CPI do transporte coletivo, em vias de começar os trabalhos na Câmara de Vereadores, “não preocupa, muito pelo contrário”. Questionado pela coluna sobre o assunto no programa Santa 3 por 4, na noite desta quarta-feira (14), ele avaliou (assista no vídeo abaixo a partir dos 48 minutos) que a investigação ajuda a trazer transparência à discussão.
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— Eu acho que é bom a CPI porque eles (os vereadores) vão ter a oportunidade de voltar e analisar o contrato desde o início, avaliar, debater. Eu não vejo nenhum problema em relação a isso.
A aparente tranquilidade do prefeito – embora ele dificilmente admitiria o contrário abertamente – se sustenta em alguns pontos. Primeiro porque, salvo alguma reviravolta jurídica, dois dos três integrantes da comissão parlamentar de inquérito são alinhados à gestão municipal. Marcelo Lanzarin (Podemos) é o atual líder do governo no Legislativo e Alexandre Matias (PSDB) exerceu a mesma função na legislatura passada. A terceira vaga é de Carlos Wagner (PSL).
Em segundo lugar porque o município tem na Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (Agir) uma espécie de escudo. Como as discussões sobre o transporte coletivo e a fiscalização do contrato passam também pela entidade reguladora, que tem caráter técnico, a prefeitura se blinda do argumento de que o debate é apenas político.
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Na entrevista ao Santa, Hildebrandt defendeu a convocação de representantes da Blumob para prestar esclarecimentos. Também disse concordar com o adiamento da primeira reunião para que Wagner, principal proponente da investigação e atualmente afastado das funções legislativas após a esposa testar positivo para a Covid-19, possa participar das discussões desde o início.
O prefeito reforçou que o desafio do transporte coletivo se repete em outras cidades. Citou que, na média, o retorno de passageiros no Brasil – quando comparado ao cenário pré-pandemia – está em torno de 45% e que em Blumenau este índice é um pouco superior, de 49%.
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