A Cia. Hering virou alvo de uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que apura suposto uso de informações privilegiadas para recompra de ações. A prática, conhecida no mercado como “insider trading”, um tipo de fraude financeira, teria ocorrido em abril de 2021.
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Na ocasião, a empresa negociava uma combinação de negócios com a Arezzo – cuja oferta foi rejeitada – e a Soma, dona das marcas Farm e Animale que acabou levando a companhia blumenauense em negócio avaliado em R$ 5,1 bilhões.
A instauração do processo pela CVM foi divulgada pela coluna Capital, do jornal O Globo. A acusação também inclui o executivo Fábio Hering, herdeiro da família fundadora e presidente da Cia. Hering na época. Ele hoje ocupa a vice-presidência do Conselho de Administração do Grupo Soma.
A CVM investiga se a Cia. Hering readquiriu papéis já sabendo das propostas de compra feitas por Arezzo e Soma, mas antes de comunicá-las ao mercado. As ações da companhia subiram na Bolsa assim que as ofertas se tornaram públicas.
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Hoje a Cia. Hering é uma subsidiária do Grupo Soma. Desde que foi incorporada, a empresa não negocia mais ações.
O que diz a Cia. Hering
O Grupo Soma, que controla a Cia. Hering, emitiu comunicado ao mercado na manhã desta quarta-feira (19) dizendo que foi intimada pela CVM sobre a “instauração de processo administrativo sancionador” contra a companhia e Fábio Hering.
“O processo sancionador foi instaurado para apurar o suposto uso de informação relevante ainda não divulgada para o mercado, por ocasião das recompras realizadas pela Cia. Hering em abril de 2021, previamente à celebração do acordo de associação com o Grupo Soma. As recompras questionadas pela CVM foram, portanto, realizadas antes da combinação de negócios entre o Grupo Soma e a Cia. Hering, concluída em setembro de 2021”, diz o documento.
O comunicado acrescenta ainda que “em linha com seu compromisso permanente com a transparência e a adoção de melhores práticas de governança corporativa, o Grupo Soma informa que a Cia. Hering tomará providências cabíveis para a defesa de seus interesses”. A companhia diz também que manterá acionistas e o mercado informados sobre o assunto.
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