O fundo de investimento imobiliário Challenger, que pertence à Havan, aprovou, em assembleia realizada no dia 20 de dezembro, a compra de parte de um terreno em Barra Velha de propriedade da Altona. A área negociada tem 425 mil metros quadrados, o equivalente a 24,6% do espaço total.

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O blog já havia noticiado em agosto passado que o grupo varejista liderado pelo empresário Luciano Hang havia feito uma proposta à metalúrgica blumenauense pelo ativo. A oferta, à época, era de R$ 25,5 milhões. Essa quantia “sofrerá correção e acréscimo em função do tempo decorrido das negociações”, informou a Altona em comunicado divulgado ao mercado nesta semana.

No mesmo documento, a empresa informa que as condições gerais de pagamento acordadas serão divulgadas após a assinatura do contrato definitivo de compromisso de compra e venda.

Este não é o primeiro negócio feito entre as duas empresas. Em novembro de 2017, a Altona confirmou a venda de uma área de 75 mil metros quadrados do mesmo terreno para a Havan, por R$ 4,5 milhões – quantia que, à época, a metalúrgica utilizou para compor a parcela inicial de adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária do governo federal. Com a compra da nova parte, a gigante varejista conclui a aquisição de uma área de 500 mil metros quadrados, com investimentos próximos de R$ 30 milhões.

Lá Hang planeja dobrar o Centro de Distribuição da Havan, com construção de mais 100 mil metros quadrados. O objetivo é concentrar toda a operação logística da rede nesta área de Barra Velha, em função da boa localização – BR-101 duplicada e proximidade do porto de Itapoá e do complexo portuário de Itajaí. Esse investimento está incluso no pacote de R$ 500 milhões que o empresário planeja desembolsar neste ano, montante que vai abranger, ainda, a inauguração de pelo menos 20 novas lojas pelo país.

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A Havan encerrou 2018 com faturamento de R$ 7,2 bilhões, confirmou Hang ao blog. A meta para este ano é ultrapassar os R$ 10 bilhões.

Aliás

A área comprada pela Havan integra um terreno para onde a Altona planejava transferir suas operações no futuro. A mudança de sede, de Blumenau para Barra Velha, é ventilada há vários anos, mas nunca evoluiu.

Em entrevista em abril de 2018, o presidente Cacídio Girardi disse que a companhia não tinha mais pressa porque um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado junto ao Ministério Público garantia a manutenção das atividades nas atuais instalações da Rua Engenheiro Paul Werner.

O blog não conseguiu contato com a metalúrgica para falar sobre a nova venda.