O Nordeste é a bola da vez da expansão da Havan. A varejista catarinense está acelerando a inauguração de novas lojas na região no segundo semestre de 2021, mirando principalmente as capitais. Só neste ano a rede de departamentos abriu unidades em Teresina (PI) e Aracaju (SE). Agora, prepara novas lojas no Maranhão, na Paraíba, no Rio Grande do Norte e em Alagoas. São Paulo e os estados da região Sul também estão na rota de crescimento.
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O empresário Luciano Hang diz que até o fim do ano serão inauguradas 10 ou 11 novas lojas no Brasil – já foram oito até agora em 2021. Como cada uma delas, segundo ele, custa de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões, o investimento estimado será de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões, contando construção e estoque, com geração de até 2 mil empregos.
A conta subiu porque insumos da construção civil como aço e cimento ficaram mais caros na pandemia, mas nada capaz de frear os planos do empresário. O ritmo de inaugurações diminuiu nos últimos dois anos – no início da pandemia, a empresa chegou a suspender contratos de funcionários –, mas Hang diz já ter terrenos e projetos para novas lojas.
Em 2017, a Havan anunciou planos para alcançar 200 lojas no Brasil até 2022. Pelo cronograma, o número de filiais passará de 170 até o final deste ano. Faltariam apenas os estados de Amapá e Roraima para preencher todo o mapa brasileiro.
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— As pessoas estão cansadas de tristeza e lamentações. Elas querem ver otimismo, esperança, desenvolvimento. Eu acho que esse é o espírito que a Havan leva para todo o Brasil — destacou Hang à coluna nesta quarta-feira (14) ao comentar os planos de expansão.
Abertura de capital
Em paralelo à expansão física, a Havan ainda analisa a abertura de capital na Bolsa de Valores. No mês passado, a empresa lançou um site com informações destinadas a futuros investidores. Hang, no entanto, diz não ter pressa e que a empresa está capitalizada para continuar crescendo por conta própria:
— Normalmente as pessoas abrem capital como uma aposta de saída, ou aposta de entrada ou para resolver problemas societários. A Havan não tem nenhum dos três. Até porque eu tenho só 58 anos, então não quero sair da empresa.
A despeito de garantir que a varejista não precisa de investimento externo para continuar crescendo, a abertura de capital não é descartada porque há interesse do mercado, segundo Hang.
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