Maior produtora de aço do Brasil, a ArcelorMittal vai suspender temporariamente as operações de três de suas fábricas entre este mês de novembro e dezembro. As chamadas “paradas técnicas programadas”, como a companhia trata a situação, atingirão as plantas de Resende (RJ), Piracicaba (SP) e Juiz de Fora (MG). Mas pouparão as instalações catarinenses da unidade Vega, mantidas em São Francisco do Sul.

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Segundo a companhia, a medida busca adequar a produção diante do cenário de baixa demanda por aço no mercado nacional e do aumento recorde das importações.

Com a chamada parada técnica, cerca de 400 empregados de Resende vão entrar em férias coletivas ou compensação do banco de horas. Essas duas alternativas, no entanto, não estão previstas para os trabalhadores da unidade de São Francisco do Sul, confirmou a ArcelorMittal à coluna.

Em nota, a empresa diz que o aumento recorde da importação direta e indireta de aço tem tido impacto cada vez maior nas vendas internas e na produção das siderúrgicas no Brasil. Como reflexo desse cenário, a ArcelorMittal projeta uma redução de produção de 1,3 milhão de toneladas em 2023 na comparação com o ano anterior.

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A companhia também cita “concorrência desleal” do aço importado, “fornecido a preço subsidiado por alguns países”, e defende a elevação temporária da alíquota do produto vindo do exterior para 25% até que a situação se normalize no mercado interno.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente da ArcelorMittal Brasil, Jefferson De Paula, disse que o momento é crítico e que há possibilidade iminente de demissões. O executivo também alegou que, se o cenário se mantiver, o plano de investimento de US$ 2,4 bilhões ao ano anunciado pelo setor, entre 2023 e 2027, está em risco.

Gigante do aço poupa unidade de SC em suspensão temporária de fábricas

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