Uma das maiores empresas de alimentos de Santa Catarina fechou 2023 no azul depois de amargar prejuízo no exercício anterior. A Pamplona, de Rio do Sul, reverteu um resultado negativo em R$ 47 milhões em 2022 em um lucro líquido de R$ 1,1 milhão no ano passado. A receita operacional líquida se manteve estável, na casa de R$ 1,92 bilhão. Os dados constam nas demonstrações financeiras divulgadas pela companhia.
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No balanço, a empresa atribui a melhora no desempenho à redução das despesas com produção. Segundo a Pamplona, isso foi possível devido ao menor preço das principais commodities, o que ajudou a deixar a ração mais barata.
“Além disso, os preços dos produtos vendidos para o exterior, em dólares, registraram um aumento de 9%, resultado da diversificação e implementação da estratégia de vendas”, acrescenta a companhia no documento.
Além da retomada do lucro, 2023 ficou marcado por movimentos estratégicos para a Pamplona, especializada em alimentos à base de carne suína, além de também fabricar rações. Em dezembro, a companhia anunciou sua primeira emissão de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), título de renda fixa utilizado por empresas do agronegócio para captação de recursos no mercado de capitais. A operação teve o valor total de R$ 60 milhões.
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Na área operacional, a empresa ampliou a linha de produtos com maior valor agregado e expandiu a fábrica em Presidente Getúlio, cujo investimento total ficou em R$ 77 milhões. No balanço, a companhia informa que a estocagem automatizada da unidade atingiu uma capacidade cinco vezes maior, com aplicação de robôs que agora organizam, transportam e descarregam os produtos na câmara refrigerada.
A empresa também consolidou e ampliou, no último ano, um centro de distribuição instalado em 2022 em Jandira (SP). A estrutura contribuiu, segundo a Pamplona, para o crescimento nas regiões da Grande São Paulo, Litoral, Vale do Paraíba, Alto Tietê e interior do estado paulista.
Em 2023, a Pamplona informa ter vendido mais de 150 mil toneladas de alimentos para quase todos os estados brasileiros e mais de 30 países. No exterior, o destaque foi a abertura de novos mercados no México e no Canadá. Ao todo, a companhia abateu 1,6 milhão de cabeças suínas e fechou o ano empregando cerca de 3,4 mil pessoas.
Para 2024, a empresa projeta a expansão da produção e do volume de vendas em 10%, além do lançamento de mais produtos porcionados e crescimento, em volume, de 11% na linha de processados, como resultado da conclusão de investimentos para aumentar a capacidade produtiva de temperados, linguiças frescais e fatiados. Os desafios para o ano são, conforme a Pamplona, a retenção de mão de obra, que afeta todas as empresas do setor, e a gestão de custos.
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