O futuro da Oktoberfest é o que menos aflige o morador de Blumenau em tempos de pandemia. Pesquisa Focus elaborada pela Furb — feita antes do anúncio do cancelamento da festa — e publicada pelo Santa revela que, de uma lista de 16 preocupações do blumenauense, o rumo da festa aparece na última posição, com índice de 2,57. A pontuação vai de 0 a 5 e, nesta faixa, indica “nada preocupado”. 

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A pesquisa usou como base de cálculo 800 entrevistas. Entre os ouvidos, 45,8% disseram estar nada preocupados com o adiamento ou o cancelamento da Oktoberfest. Outros 15% reveleram estar muito preocupados, 14,8% pouco preocupados, 14,4% indiferentes e 10,1%, preocupados.

A coleta de dados foi feita entre os dias 11 e 15 de junho, há quase um mês, portanto. Como os casos e o número de mortes pela Covid-19 só aumentaram desde então, com reflexos visíveis na capacidade de atendimento da rede de saúde local, não seria surpresa se o cenário de hoje fosse de ainda mais indiferença.

Esse “desapego” registrado pelo levantamento já era visto em reações de internautas a notícias que envolvem a Oktoberfest. A realização do evento, mesmo que em condições atípicas, encontra eco em uma parcela da população que defende a volta à normalidade e em parte de empresários, pela questão econômica. 

Mas é também grande, por outro lado, a rejeição à ideia de promover uma festa conhecida justamente pela aglomeração em meio a uma grave e sem precedentes crise sanitária, que não tem data para acabar. Eis um equilíbrio difícil de se encontrar, para o qual ainda há poucas soluções efetivas.

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A prefeitura, como a coluna já abordou, avalia diariamente a evolução da Covid-19 na cidade e estuda alternativas para o evento – não há nada definido, nem descartado. Adiou a definição sobre o futuro da Oktoberfest para o final de agosto para ganhar tempo em meio às polêmicas e contestações. 

A decisão final não é simples porque envolve uma série de variáveis na saúde, na economia, nas tradições. A pressão do público local, no entanto, parece não ser uma delas.

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