O futuro da Cativa, uma das maiores indústrias de moda do Vale do Itajaí, estará em jogo em breve. A juíza Iraci Satomi Kuraoka Schiocchet, da 1ª Vara Comercial de Pomerode, convocou para o dia 19 de maio uma assembleia geral para que credores analisem o plano de recuperação judicial proposto pela empresa.

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É neste encontro que todos aqueles que têm dinheiro a receber decidirão se aceitam ou não as condições propostas pela Cativa para o pagamento de dívidas acumuladas em R$ 120 milhões. A assembleia será presidida pelo administrador judicial da empresa, o advogado Pedro Cascaes Neto. Se não houver quórum, uma segunda convocação já foi definida para o dia 27 do mesmo mês.

São três possibilidades previstas na assembleia: o plano proposto pela empresa ser aprovado, sofrer algum tipo de modificação ou então ser rejeitado. Neste último caso, os próprios credores podem apresentar um plano alternativo, desde que cumpridos alguns critérios estabelecidos em lei. Se isso não acontecer ou se esse novo plano também for rejeitado, o desfecho será a decretação de falência da companhia.

A decisão da maioria dos credores é soberana, mas Cascaes avalia que a falência, neste momento, não seria a melhor alternativa. A Cativa segue operando e tem uma base sólida de clientes, o que dá margem para a reestruturação do negócio e o pagamento das dívidas.

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— Atualmente a empresa encontra-se em negociações não somente com os credores que votarão no dia da assembleia, mas também junto aos credores extraconcursais, ou seja, aqueles que não participam da recuperação — diz o administrador judicial.

Formado por cinco empresas, o Grupo Cativa teve o pedido de recuperação judicial deferido pela Justiça em junho do ano passado. Na petição, sustentou que desde 2015 vinha sofrendo com uma crise no setor de vestuário. Nesse meio tempo, o endividamento bancário cresceu, ao mesmo tempo em que a margem líquida do negócio encolheu.

O plano de recuperação que será avaliado pelos credores prevê o alongamento do passivo e o pagamento total das dívidas em um prazo de até 20 anos. Débitos trabalhistas têm prioridade e a proposta é quitá-los mais rapidamente, em até 12 meses.

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