Uma das mais conhecidas empresas de moda de Santa Catarina tirou um grande peso das costas. A Cativa, de Pomerode, saiu da recuperação judicial. A decisão que colocou um ponto final no processo foi publicada no dia 12 de março pelo juiz Uziel Nunes de Oliveira, da Vara Regional de Falências, Recuperação Judicial e Extrajudicial de Jaraguá do Sul.
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O despacho que encerra a supervisão judicial indica que as obrigações dispostas no plano de recuperação – documento com propostas para o pagamento das dívidas – estão sendo cumpridas, anotou o magistrado. O fim do processo tira da Cativa o incômodo carimbo de “empresa em recuperação judicial” e manda um recado ao mercado, de que a companhia está dando a volta por cima depois de enfrentar um cenário financeiro mais crítico.
“Assim, perfeitamente possível o encerramento da presente recuperação judicial, permanecendo com os credores o dever de fiscalização acerca do cumprimento das obrigações remanescentes previstas no plano”, escreveu o juiz na sentença.
Agora a administradora judicial da Cativa deve preparar um relatório, a ser apresentado à Justiça, com uma espécie de resumo de todo o processo. O advogado Pedro Cascaes Neto, que atuou no caso, avalia que a recuperação judicial atingiu o seu objetivo, que era permitir a reestruturação da empresa.
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— Com isso foi possível a manutenção de empregos, a produção de bens e geração de riqueza para a economia da região e a geração de tributos.
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A coluna já havia adiantado no início do último mês que a Cativa estava se preparando para pedir o fim da recuperação judicial. A empresa recorreu à Justiça em 2020, à época com dívidas de R$ 120 milhões, sustentando que vinha sofrendo com a crise no setor de vestuário e alto endividamento. Um ano depois, protocolou o plano de recuperação.
Prevista em lei, a recuperação judicial é uma tentativa de evitar a falência a partir de uma reestruturação do negócio e das dívidas, mantendo a geração de empregos e a arrecadação de impostos. O trabalho inclui um amplo pente-fino para identificar oportunidades para reduzir despesas e tornar a operação mais eficiente nas áreas administrativa, financeira e de vendas.
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Procurada, a Cativa não quis comentar o assunto.
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