A dois anos de completar um século, a Max Wilhelm, que nasceu em Jaraguá do Sul mas migrou para Blumenau nos anos 1990, deu início a um verdadeiro choque de gestão com o objetivo de dobrar de tamanho ao longo de 2023. Como primeiro passo dentro desse processo, a tradicional fabricante de refrigerantes recrutou a consultora Natália Schmitt para tocar a operação ao lado do diretor Otávio Greuel (foto).

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O movimento pela profissionalização da administração é recorrente entre empresas de perfil familiar, caso da Max, que buscam se reposicionar no mercado. Natália se juntou ao time em outubro passado e logo começou a imprimir o seu ritmo de trabalho ao negócio – sempre em dobradinha com Greuel. Com experiência no setor de bebidas, ela vem liderando uma ampla reestruturação geral nas áreas financeira, logística e comercial.

— O produto é fantástico e amado por todos. Só isso não vai mudar — diz.

Parte da nova estratégia inclui ampliar a participação no varejo. Forte em redes de supermercados, a Max Wilhelm intensificou a busca por novos clientes entre bares, restaurantes e padarias. Para isso, além da linha de oito sabores de refrigerante – a laranjinha é disparada o carro-chefe –, a empresa vem apostando também em energéticos, tônicas saborizadas, ices e novos formatos de embalagens.

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Os primeiros resultados dessa nova fase já começaram a aparecer. Segundo Natália, as vendas do quarto trimestre de 2022 quadruplicaram em relação ao período entre julho e setembro. Ela acrescenta ainda que houve recorde de produção e vendas em três dias seguidos em outubro. A empresa não abre o faturamento.

O bom desempenho na reta final de 2022 faz a Max Wilhelm projetar um salto ainda maior neste ano. O plano é dobrar as receitas e a capacidade de produção, hoje em 1,8 milhão de litros por mês. No momento a empresa traça um plano de investimentos para compra de novos maquinários para suportar a expansão. Uma parte da fábrica também deve ser ampliada. O aporte ainda não está definido, mas será de alguns milhões.

Espaço para crescer existe, e bastante, diz Natália. A Max tem 4,2 mil clientes, mas a atuação ainda está concentrada em poucas regiões de Santa Catarina, como o Vale do Itajaí e o Norte. O Estado representa 90% das vendas, sendo que a linha de refrigerantes responde por 60% do total.

A empresa também está atenta a oportunidades no mercado internacional. Já exportou, no passado recente, lotes de refrigerante de guaraná para a China e Japão e tem conversas para vender para clientes dos Estados Unidos e da América Latina, revela a executiva.

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