Poderia a região de Blumenau se tornar um polo industrial de… aeronaves? Ou até mesmo de equipamentos e veículos bélicos? Segundo um estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) em colaboração com a UFSC, divulgado na última semana, sim: há potencial para desenvolver esses tipos de atividades no Médio Vale.
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A pesquisa avaliou a complexidade econômica das 20 microrregiões catarinenses – no caso de Blumenau, o recorte englobou ainda cidades vizinhas como Timbó, Pomerode, Indaial e Gaspar. O levantamento considera também relações existentes entre os setores econômicos e as habilidades já desenvolvidas entre os trabalhadores, entre outras variáveis.
A partir do diagnóstico, foi elaborada uma proposta para a diversificação inteligente dessas regiões, apontando setores e atividades industriais com alto potencial de desenvolvimento. O mapeamento de oportunidades deve ajudar a própria Fiesc a rever os programas de ensino, com a oferta de novos cursos de formação e capacitação voltados a essas áreas.
No caso da microrregião de Blumenau, o estudo destaca a já existência de uma sólida indústria têxtil e de confecções, além de uma presença significativa nos setores de metalurgia e mecânica e em serviços tecnológicos, como o desenvolvimento de softwares empresariais.
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“Essa concentração industrial, aliada ao destacado nível de complexidade econômica alcançado na região em relação ao Brasil, permitiu a recomendação de uma estratégia de diversificação inteligente de baixo risco para alta complexidade econômica. Com isso, espera-se acelerar um processo de sofisticação produtiva, que já se poderia esperar para região”, cita o material.
Algumas das oportunidades identificadas incluem a produção de equipamentos para as indústrias de comunicação, informática e serviços de TI, além de diversos segmentos produtores de máquinas e equipamentos. Com estreita ligação a essas áreas, o estudo sugere novas vocações intensivas em tecnologia, como aparelhos eletromédicos, equipamentos e veículos bélicos, veículos automotores de passeio e até aeronaves.
Em paralelo, essa diversificação exigiria o desenvolvimento de serviços financeiros e empresariais complementares e específicos, já que essas atividades demandam habilidades pouco frequentes e com salários mais altos em função do alto valor agregado, complementa o estudo.
“Esse é o caminho da criação de empregos qualificados e da consolidação de Blumenau como um polo econômico diversificado e tecnologicamente avançado”, orienta a pesquisa.
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