Liderança à frente da única chapa, de consenso, registrada para disputar as eleições da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), o empresário Avelino Lombardi foi reeleito nesta segunda-feira para novo mandato, de dois anos. Nesta entrevista, ele faz um balanço da primeira gestão e reforça o discurso de união de forças em prol do desenvolvimento da cidade.

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Como avalia o primeiro mandato?

Foi uma experiência muito gratificante. Estar à frente da Acib requer um trabalho extenso. É uma entidade que tem uma responsabilidade muito grande. A gente acaba sendo consultado para todos os assuntos da comunidade.

Quais foram os pontos positivos dessa experiência?

Temos uma equipe fantástica na entidade, do corpo de funcionários à direção que me acompanha. Tivemos avanços ao dar mais visibilidade aos produtos que temos dentro da Acib. Acho que melhoramos a comunicação com o associado. Também conseguimos, de certa forma, levar a Acib mais para o interior do município, com o (projeto) Acib nos Bairros. Outra coisa importante é o relacionamento aberto com o poder público. Hoje temos reuniões mensais com o prefeito e secretários para discutir a nossa cidade e as coisas que precisamos fazer. Abrimos conversa com a Câmara de Vereadores, entregamos um projeto (de redução de custos) para eles (vereadores). Não implantaram ainda, mas pelo menos agora existe uma discussão (a proposta de redução do duodécimo apresentada na última semana).

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Alguma frustração nesse período?

A Acib é a casa do empresário, e queremos que os empresários venham para cá. Achei que eu ia terminar o meu primeiro mandato com um número maior de associados, embora eu não possa reclamar. A coisa mais frustrante é que a gente ainda não conseguiu aquela união entre as entidades empresariais todas porque algumas vaidades ainda superam a coletividade. É complicado, não dá para fazer por decreto. Vamos continuar trabalhando nesse sentido.

Qual a grande prioridade para o segundo mandato?

É trazer para as entidades o maior número possível de empresários e participar efetivamente na sucessão municipal. A gente não vai ter candidato porque nossa entidade é apartidária, mas é preciso que as entidades empresariais entendam que elas devem participar da sucessão. Não podemos mais a cada quatro anos fazer um projeto novo de governo. Precisamos que haja uma continuidade. Esse projeto de gestão da cidade tem que ser perene.

Qual o principal ponto de atenção em Blumenau?

Uma das coisas mais importantes é esse planejamento. Não temos um planejamento de longo prazo. Blumenau é uma cidade importante, somos a capital econômica do Vale do Itajaí, mas não conseguimos transformar isso em poder. Não no sentido de mandar, mas de trazer para cá o apoio efetivo do governo estadual ou da Câmara dos Deputados e do Congresso, enfim, os nossos representantes. Precisamos trabalhar isso. Precisamos que haja sinergia.

A crítica à baixa representatividade política da região talvez seja a principal marca do seu discurso ao longo do mandato. Como compensar isso?

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Esse abismo só vai diminuir quando nós tivermos uma união representativa. Precisamos dessa consciência. Ainda não conseguimos nem conversar sobre isso e fazer com que os partidos políticos entendam que não adianta eles colocarem uma quantidade infinita de candidatos. Aí a representação acaba sendo muito dividida e não consistente para a cidade.