Duas grandes empresas de bebidas de Santa Catarina vão dividir a mesma fábrica. A Cerveja Blumenau está de mudança para o parque fabril da Max Wilhelm, de refrigerantes e tônicas, no bairro Itoupava Central, em Blumenau. O local passará a funcionar como um coworking voltado a indústrias do setor. Outras companhias podem se juntar a elas no futuro – ao menos duas já conversam sobre o assunto.

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A proposta foi desenhada pela consultora Natália Schmitt, que no início do ano passou a integrar a gestão da Max Wilhelm. A empresa mantém uma fábrica de 6 mil metros quadrados considerada espalhada e com pontos ociosos. Há condições, diz ela, de preservar, sem prejuízo, a estrutura de produção de refrigerantes, mas otimizando os espaços e abrindo lugar para potenciais parceiros.

Fábrica de refrigerantes Max Wilhelm muda gestão e planeja dobrar de tamanho

Na proposta de coworking, a gestão das duas empresas se mantém independente. O principal ganho será o compartilhamento de despesas. Apesar de uma fabricar cervejas e outra refrigerantes, há etapas do processo de produção das bebidas que são semelhantes – como o tratamento de efluentes, por exemplo.

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Fora isso, as partes enxergam a possibilidade de redução de custos com insumos, água, energia elétrica, logística de distribuição e até mesmo com a portaria da fábrica. O empresário Valmir Zanetti, da Cerveja Blumenau, diz projetar, numa estimativa conservadora, um enxugamento de gastos operacionais de até 30% em relação à realidade de hoje, mas esse percentual pode ser ainda maior.

— Precisamos ser mais eficientes e reduzir o custo operacional para sermos mais competitivos — justifica.

A diminuição de custos tende a baixar o preço dos produtos para o consumidor final na ponta, acrescenta Zanetti, abrindo caminho para o aumento das vendas.

O coworking será gerenciado pela Consc, empresa de gestão contábil e tributária da qual Natália é diretora. Neste contexto, Cerveja Blumenau e Max Wilhelm serão as primeiras inquilinas do espaço – embora a fábrica de refrigerantes já ocupe as instalações, que são alugadas, há anos. A executiva diz acreditar que o modelo de negócio é inédito dentro da cadeia da indústria de bebidas.

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A mudança da Cerveja Blumenau para o espaço só deve ser concretizada após a Oktoberfest, já que a empresa tem planos de disputar a licitação da festa voltadas às marcas artesanais de chope. Por enquanto, a cervejaria está trabalhando na elaboração do mapa das futuras operações dentro da estrutura que já existe.

É provável que o parque fabril que existe hoje seja ampliado para abrigar novos inquilinos no futuro. Não falta espaço para crescer, já que o terreno tem 300 mil metros quadrados.

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