O Grupo Lunelli anunciou nesta semana que atingiu um faturamento bruto de R$ 1 bilhão entre janeiro e outubro de 2021, resultado que garante à empresa têxtil com sede em Guaramirim um ingresso para o seleto clube de empresas bilionárias de Santa Catarina. A lista não é muito extensa, mas relevante. Por todas as regiões do Estado estão espalhadas companhias que já superaram a barreira do bilhão quando o assunto é receita de vendas. São mais de 30 nesta condição.
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Veja quais são as empresas bilionárias de Santa Catarina
Com capital holandês, a multinacional Bunge Alimentos mantém, no Brasil, sede administrativa em Gaspar. Em 2020, teve receita líquida de R$ 50,5 bilhões – (Foto: Jandyr Nascimento, BD)
Fruto da união entre Perdigão e Sadia, a BRF é uma das maiores empresas brasileiras de alimentos, com receita líquida de R$ 39,4 bilhões em 2020 e escritório administrativo em Itajaí – (Foto: Divulgação)
Com atuação nos setores de equipamentos eletrônicos industriais, geração, transmissão e distribuição de energia, motores comerciais e tintas e vernizes, a WEG, de Jaraguá do Sul, teve receita líquida de R$ 17,4 bilhões em 2020 – (Foto: Leo Munhoz)
Uma das maiores cooperativas de alimentos do Brasil e o terceiro grupo agroindustrial do país no segmento de carnes, a Aurora, com matriz em Chapecó, teve receita líquida de R$ 13,4 bilhões em 2020 – (Foto: Sirli Freitas, BD)
Multinacional francesa que no Brasil tem sede em Florianópolis, a Engie (ex-Tractebel) é uma produtora privada de energia, com receita líquida de R$ 12,2 bilhões em 2020 – (Foto: Divulgação)
Multinacional americana que fabrica eletrodomésticas de marcas como Brastemp e Consul, a Whirlpool mantém sede latina em Joinville. A receita líquida no Brasil foi de R$ 9,26 bilhões em 2020 – (Foto: Rodrigo Philips, BD)
Empresa de economia mista controlada pelo governo de Santa Catarina, a Celesc, com sede em Florianópolis, é a principal distribuidora de energia do Estado. Em 2020, teve receita líquida de R$ 8,85 bilhões – (Foto: Peterson Paul, Divulgação)
Controlador das redes Fort Atacadista, Comper, Bate Forte e farmácias SempreFort, o Grupo Pereira nasceu em Itajaí e tem cerca de 85 lojas no Brasil. Em 2020, computou receita bruta de R$ 8,78 bilhões, segundo o ranking da Associação Brasileira de Supermercados – (Foto: Chan WeArt, Divulgação)
A rede de lojas de departamentos do empresário Luciano Hang, fundada em Brusque, apurou receita líquida de R$ 7,95 bilhões em 2020 e já tem 165 unidades no Brasil – (Foto: Divulgação)
Fundada em 1967 em Chapecó, a Cooperalfa atua no setor agropecuário com produtos como milho, soja, trigo, feijão e leite, além de suinocultura e avicultura. Tem cerca de 20,7 mil famílias associadas, 3,3 mil funcionários e receita líquida, em 2020, de R$ 4,8 bilhões – (Foto: Divulgação)
A multinacional de Joinville é uma das maiores metalúrgicas da América Latina, presente em mais de 40 países e com produção de componentes estruturais de ferro fundido. Em 2020, teve receita líquida de R$ 4,25 bilhões – (Foto: Carlos Junior, Divulgação)
Outra multinacional com sede em Joinville, do ramo de tubos e conexões para a construção civil. Em 2020, a Tigre contabilizou receita líquida de R$ 3,33 bilhões – (Foto: Leo Munhoz, BD)
Dono das redes Koch, Komprão e FarmaKoch, o Grupo Koch iniciou trajetória em Antônio Carlos e já tem 40 lojas em Santa Catarina. Em 2020, a receita bruta, segundo o ranking da Abras, foi de R$ 3,19 bilhões – (Foto: Divulgação)
Com 34 supermercados e negócios também nos segmentos de farmácia e postos de combustíveis, o Angeloni nasceu em Criciúma. Teve, em 2020, receita bruta de R$ 2,96 bilhões, de acordo com o ranking da Abras – (Foto: Divulgação)
Controlada pela Eletrobras e vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a Eletrosul atua com geração e transmissão de energia elétrica na região Sul, onde mantém sede em Florianópolis. Em 2020, teve receita líquida de R$ 2,7 bilhões – (Foto: Divulgação)
Outra rede de supermercados que nasceu no Sul do Estado, em Içara. O Giassi conta hoje com 16 lojas em 11 cidades de SC e em 2020 teve receita bruta, conforme ranking da Abras, de R$ 2,41 bilhões – (Foto: Salmo Duarte, BD)
Também de Joinville, a Cia. Latino Americana de Medicamentos (Clamed) controla as redes Drogaria Catarinense, Farmácia Preço Popular, Proformula Manipulação e Farmagora. Em 2020, teve receita líquida de R$ 2,26 bilhões – (Foto: Divulgação)
A Copercampos é uma cooperativa com matriz em Campos Novos focada na produção e comercialização de cereais, produção de sementes, venda de insumos e agroindústria. Tem mais de 70 unidades distribuídas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e em 2020 apurou receita líquida de R$ 2,21 bilhões – (Foto: Divulgação)
Maior fabricante nacional de câmeras e equipamentos de segurança eletrônica e comunicação, a Intelbras, com matriz em São José, estreou na Bolsa de Valores em 2021 e teve receita líquida de R$ 2,13 bilhões em 2020 – (Foto: Divulgação)
A Copérdia é uma rede de lojas agropecuárias, supermercados, unidades armazenadoras, fábricas de rações, postos de combustíveis e postos de recebimento de leite, além de ter uma usina de tratamento de madeira. Tem matriz em Concórdia e em 2020 somou receita líquida de 2,09 bilhões – (Foto: Divulgação)
Maior distribuidora de alimentos para food-service e pequeno varejo do Brasil, a Delly’s atende oito estados e o Distrito Federal. Tem matriz em Jaraguá do Sul e contabilizou receita líquida de R$ 1,78 bilhão em 2020 – (Foto: Divulgação)
Com origem em Agronômica, mas sede atual em Rio do Sul, a Pamplona é uma gigante do setor de alimentos, com produção de carnes, fatiados, defumados e linguiças. Em 2020, teve receita líquida de R$ 1,73 bilhão – (Foto: Gilmar de Souza, BD)
Dona da marca Amanco, do ramo de tubos e conexões, a Mexichem é um grupo mexicano e, no Brasil, tem negócios em Joinville. Em 2020, contabilizou receita líquida de R$ 1,72 bilhão – (Foto: Salmo Duarte, BD)
Dona das bandeiras Imperatriz, Imperatriz Gourmet e Brasil Atacadista, a Mundial Mix atua no varejo de alimentos com 27 lojas. Em 2020, teve receita bruta de R$ 1,58 bilhão, segundo o ranking da Abras – (Foto: Divulgação)
Líder nacional na fabricação de revestimentos cerâmicos, a Portobello tem sede em Tijucas e está construindo uma nova fábrica nos Estados Unidos. Em 2020, teve receita líquida de R$ 1,33 bilhão – (Foto: Diego Redel, BD)
Empresa de economia mista, a Casan tem sede em Florianópolis e presta serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto em 195 cidades de Santa Catarina. Em 2020, teve receita líquida de R$ 1,14 bilhão – (Foto: Cristiano Estrela, BD)
Fabricante de tubos de aço especiais, autopeças e tubos para o setor de óleo e gás, a Tuper fica em São Bento do Sul e em 2020 teve receita líquida de R$ 1,07 bilhão – (Foto: Marcelo Netzger, Divulgação)
Vendida para o Grupo Soma, a centenária Cia. Hering surgiu em Blumenau e encerrou 2020 com receita líquida de R$ 1,07 bilhão e um total de 778 lojas, 20 delas no exterior – (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Com mais de 1,6 mil médicos cooperados, 26 hospitais, 76 laboratórios, 314 clínicas e abrangência em 17 cidades, a Unimed Grande Florianópolis teve receita líquida de R$ 1,07 bilhão em 2020 – (Foto: Divulgação)
Maior fabricante de compressores de ar da América Latina, a Schulz é uma empresa metalúrgica com sede em Joinville. Em 2020, teve receita líquida de R$ 1,05 bilhão – (Foto: Rodrigo Philips, BD)
Grande indústria de pescados, a Gomes da Costa teve receita líquida de R$ 1,04 bilhão em 2020. A empresa tem sede em Itajaí – (Foto: Betina Humeres, BD)
Cooperativa de consumo fundada em Blumenau e com 17 lojas espalhadas nas regiões do Médio Vale e Norte de Santa Catarina, além de uma rede de farmácias, a Cooper teve uma receita líquida de R$ 1,03 bilhão em 2020 – (Foto: Pedro Machado)
Para construir a relação das empresas catarinenses bilionárias, a coluna usou como principal base o ranking Valor 1000, publicado anualmente pelo jornal Valor Econômico. Este levantamento, feito a partir da análise de balanços financeiros, considera a receita líquida (já com dedução de impostos sobre vendas, descontos, abatimentos e devoluções) de 2020 como principal indicador de classificação – por isso o levantamento ainda não considera a própria Lunelli.
No caso de redes de supermercados (marcados com um * na relação acima), o parâmetro utilizado foi a pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que leva em conta o faturamento bruto (que é maior do que a receita líquida por não considerar os descontos) de 2020. Assim, empresas como Grupo Pereira, Angeloni e Mundial Mix, que não aparecem na relação do Valor 1000, foram acrescentadas.
Como exceções, pela relevância de suas atuações, a coluna adicionou ao grupo a Whirlpool, de Joinville, a estatal Eletrosul, que tem sede em Florianópolis, a Unimed Florianópolis e a Cooper, cooperativa de consumo com unidades no Vale do Itajaí e região Norte. Todas, mesmo sem aparecerem em rankings, divulgaram que tiveram receita líquida superior a R$ 1 bilhão em 2020.
*Colaborou Estela Benetti
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