Sem muito alarde, um grupo de empresários abriu uma frente de diálogo para debater o transporte coletivo de Blumenau. É uma iniciativa de caráter colaborativo, que passa principalmente pela busca de alternativas para tornar o sistema mais atrativo e acessível ao usuário.

Continua depois da publicidade

Um dos assuntos em discussão tem relação com a bilhetagem eletrônica. O estímulo ao pagamento digital e o estabelecimento de valores diferenciados para a compra antecipada, como já ocorre em outras cidades, poderiam ajudar a tornar tarifa e sistema mais competitivos diante do avanço de outras opções de mobilidade urbana, como os aplicativos de transporte particulares e individuais.

Outra questão passa pela diminuição do uso de dinheiro vivo nas catracas dos ônibus. Essa modalidade de pagamento vem caindo aos poucos nos últimos anos. Atualmente gira na casa dos 30%, um índice ainda considerado alto e que exige a presença de cobradores, que representam quase 14% (ou R$ 0,58) da tarifa atual de R$ 4,20.

Há também um entendimento de que esta função de cobrador será extinta no futuro com o avanço de novas tecnologias, ao mesmo tempo em que existe uma preocupação de como deve ser feita essa transição sem deixar centenas de profissionais desamparados. Vale lembrar que a presença dos cobradores dentro dos coletivos é garantida por lei municipal. Tentativas anteriores de mudar esse tipo de regra geraram forte reação do sindicato da categoria.

Por enquanto esses são alguns dos tópicos analisados, embora não exista nenhum movimento mais concreto por parte deste grupo para amplificar, ao menos no momento, essas discussões. Já escrevi, porém, que a cidade não pode se furtar desse tipo de debate, considerando os crescentes aumentos populacional e de frota de veículos que circulam nas ruas de Blumenau.

Continua depois da publicidade