Uma empresa com atuação em várias regiões do Brasil está interessada em assumir a gestão da rodoviária de Blumenau. Trata-se da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), que já administra cerca de 40 terminais rodoviários em nove estados – Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. A companhia atua ainda em aeroportos, com a gestão dos terminais aéreos de Porto Seguro (BA) e Juiz de Fora (MG), e também tem negócios nos ramos hoteleiro, de estacionamentos e telecomunicações.

Continua depois da publicidade

> Receba notícias de Blumenau e do Vale pelo WhatsApp

Executivos da Sinart já mantêm contatos com técnicos de Blumenau. Nesta quinta-feira (2), como parte da programação de aniversário da cidade, a prefeitura vai formalizar o recebimento de uma manifestação de interesse privado (uma PMI), modelo de concessão semelhante ao que deve ser adotado para a construção de um teleférico entre a Prainha e o novo Frohsinn. A partir disso, a empresa terá um prazo de 80 dias para elaborar um estudo.

É neste material que a Sinart apresentará uma proposta para administrar a rodoviária. A empresa é quem vai elaborar um projeto arquitetônico de restauração e sugerir a modelagem econômica – ou seja, quais seriam as receitas que ela, ou outro concessionário, receberia para cuidar do espaço. Com o documento em mãos, a prefeitura avalia se a sugestão faz sentido ou não. O município não é obrigado a aceitar as condições apresentadas pela empresa, e inclusive pode fazer apontamentos. 

Uma eventual aprovação do projeto também não é garantia de que a Sinart ficará com a rodoviária. Ainda seria necessário lançar uma licitação de concessão, abrindo espaço para concorrência, e encaminhar toda a papelada para análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE), como foi feito com o transporte coletivo. Se neste processo a Sinart, que poderá participar, não levar a disputa, a empresa vencedora precisaria ressarci-la dos custos referentes à elaboração dos estudos.

Continua depois da publicidade

A primeira

Se não houver imprevistos, essa seria a primeira PMI bem-sucedida dentro do pacote de concessões desenhado por Blumenau. Internamente, este modelo é considerado mais vantajoso por poupar o município de custos, tempo e mão de obra que envolvem a confecção de projetos. Por outro lado, a alternativa mantém certa autonomia do município, a quem cabe validar as propostas sugeridas por investidores.

Mesmo que a PMI não vingue, a rodoviária, desgastada pela ação do tempo e mal conservada, seguirá no radar das concessões. Neste caso, a prefeitura ficaria responsável por fazer os projetos de restauração do terminal.

Leia também

Empresa de Blumenau quer incluir mais mulheres na equipe de mecânicos

O que a política de Blumenau tem que a de SC e a do Brasil não têm

Indústria de Blumenau cria quase 500 novos empregos em julho; setor têxtil é destaque

Com quiosque e playground, nova praça Dr. Blumenau deve ser inaugurada em novembro

Furb vai vender terreno em Gaspar para pagar dívidas e reformar campus em Blumenau​​​​​​​

​​​​​​Receba notícias e análises do colunista Pedro Machado sobre economia, negócios e o cotidiano de Blumenau e região pelo WhatsApp ou Telegram