A catarinense Bold negocia um contrato que tem tudo para ajudar a empresa a subir de patamar. A companhia de Jaraguá do Sul está em tratativas para se tornar uma fornecedora regular da Embraer, gigante nacional fabricante de aeronaves.
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No fim de janeiro, representantes da Embraer estiveram na sede da Bold. O encontro, resultado de conversas que iniciaram há vários anos, encaminhou uma possível parceria, com os catarinenses dispostos a oferecer polímeros plásticos de engenharia aplicados na fabricação de aviões usados em voos comerciais.
O diretor comercial da Bold, Reimar Sebold, diz que este tipo de insumo está sendo desenvolvido internamente pela empresa. Hoje a Embraer, explicou o executivo à coluna, precisa buscar fora do país muitos dos materiais usados na produção.
— O objetivo deles é a nacionalização de componentes que hoje não são fabricados no Brasil — resume.
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A expectativa de Sebold é que as primeiras cargas possam ser fornecidas à Embraer ainda neste ano – o processo ainda está em fase de homologação. Outros detalhes das negociações, como volume e aplicação dos polímeros, são confidenciais e não podem ser divulgados.
Sebold está animado. Avalia que uma empresa como a Embraer “sobe a régua” de qualquer negócio, pelos altos níveis de exigência da indústria aeroespacial e do mercado de aviação.
— É algo bem inovador para Santa Catarina — comemora.
Além de plásticos de engenharia, a Bold também é especializada em chapas acrílicas, de policarbonato e poliestireno, com aplicações industriais. Hoje o faturamento da empresa, que tem mais de 700 funcionários, aproxima-se dos R$ 500 milhões.
A meta é dobrar de tamanho até 2026, atingindo uma receita de R$ 1 bilhão. Segundo Sebold, são os plásticos de engenharia, os mesmos a caminho da Embraer, que devem fazer a empresa a decolar.
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