A Círculo planeja alçar novos voos no mercado internacional. A empresa de Gaspar, uma das gigantes do setor têxtil nacional e referência na produção e distribuição de fios para trabalhos manuais, colocou como meta para os próximos anos a ampliação das exportações. Hoje as vendas externas representam apenas 6% da receita, uma fatia pequena perto de um faturamento anual na casa dos R$ 500 milhões.
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O presidente da empresa, José Altino Comper, contou à coluna que o objetivo é pelo menos triplicar esse percentual no curto e médio prazos. O “sonho” mesmo, segundo o executivo, seria alcançar 30%. A Círculo tem negócios com clientes de 45 países de todos os continentes – são 60 distribuidores –, mas o comando da companhia acredita que há espaço para avançar ainda mais no exterior. A começar pelo mercado norte-americano, onde já está presente.
— Queremos varrer os Estados Unidos — diz Comper ao citar a prospecção de novos clientes.
Com 85 anos completados nesta semana, a Círculo vive, curiosamente, um momento peculiar. A empresa reduziu um pouco o quadro de funcionários, inflacionado nos últimos anos diante da demanda igualmente atípica provocada pela pandemia – cenário em que as indústrias têxteis cresceram bastante vendendo produtos para quem estava em casa. Para Comper, há um hiato entre 2020 e boa parte de 2022 que não deve servir de parâmetro para os negócios.
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— Estamos voltando ao velho normal — avalia ao comparar o desempenho recente do mercado a 2019, no período anterior à crise de coronavírus.

Por outro lado, a empresa também está concluindo um pacote de investimentos de R$ 50 milhões que promete aumentar em 30% a capacidade de produção, e que também ajudará a sustentar os planos de expansão. Além de tecnologia, o aporte inclui a construção de um novo galpão que vai agregar mais 2,5 mil aos 38 mil metros quadrados do parque fabril, em Gaspar, onde estão concentradas as atividades de fiação, tinturaria e acabamento. O novo espaço será usado para as áreas de almoxarifado, expedição e climatização. A expectativa é que a obra termine em três meses.
Com 1,4 mil funcionários, a Círculo tem uma produção mensal que varia de 500 a 600 toneladas. O catálogo inclui 750 tipos de produtos e até 7 mil itens – um mesmo tipo de fio, por exemplo, tem várias cores. Para 2023, as projeções são otimistas, mas com certo tom de cautela. Comper, que também preside o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau e Região (Sintex), lembra que 2022 foi “estranho” – clima desregulado, eleições, Copa do Mundo –, mas ainda assim “aceitável”.
— Para 2023, está todo mundo (empresas têxteis) achando que vai ser igual ou melhor.
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