Depois da Senior, mais uma grande empresa de tecnologia de Blumenau planeja abrir capital. A Datainfo, que presta serviços em TI e também comercializa softwares de gestão, colocou a entrada na Bolsa de Valores como uma das metas do planejamento estratégico dos próximos ano. Ou seja, vem uma IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) por aí, em um projeto que ainda está sendo gestado.

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Os planos de crescimento da companhia são arrojados. Incluem a contratação de mais 400 pessoas até 2024, quase dobrando o time atual – hoje há cerca de 600 funcionários –, a construção de uma nova sede em Blumenau e a abertura de uma unidade no exterior. Portugal e Canadá surgem como os mercados mais prováveis para a Datainfo iniciar sua internacionalização. Os Estados Unidos também são alvo.

— É um objetivo estratégico prioritário para a nossa empresa agora — justifica o CEO Márcio Gonçalves, que toca a Datainfo ao lado do sócio Marcelo Ferrari.

A empresa já exportou softwares para alguns países, mas na maior parte das vezes foram casos pontuais, de clientes multinacionais que tem unidades fora do Brasil. Agora a Datainfo quer estar fisicamente “do outro lado”, diz Gonçalves. Para isso, tem buscado suporte da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para dar esse grande salto.

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Segundo o executivo, a ideia, num primeiro momento, é que as unidades no exterior sejam próprias, mas com foco na área comercial. Dependendo do custo benefício, ele não descarta ter equipe de desenvolvedores também em outros países, com os produtos passando por adaptações de língua e regulação fiscal de cada mercado. Este passo pode ser dado ainda em 2022 ou então ficar para 2023.

— No longo prazo a nossa visão é nos tornarmos uma empresa que fature mais lá fora do que aqui dentro — projeta Gonçalves.

Ele estima que, no médio prazo, pelo menos 30% das receitas da Datainfo sejam fruto de negócios internacionais. A empresa projeta atingir R$ 100 milhões em faturamento em 2022, mas pensa em aumentar em cinco vezes esse volume nos próximos cinco anos. Além de abrir capital e ampliar a atuação para o exterior, o crescimento também deve passar por novas aquisições. Foram cinco feitas ao longo dos últimos oito anos.

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