O anúncio soa irresistível: “descontos arrasadores” de até 80% para renovar o enxoval da casa ao mesmo tempo em que se ajuda vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Mas a “oportunidade de fazer o bem e economizar ao mesmo tempo” não passa, na verdade, de um golpe.

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A Karsten, centenária fabricante de artigos de cama, mesa e banho de Blumenau, é mais uma empresa que teve a imagem explorada por estelionatários que se aproveitam da tragédia climática sem precedentes para enganar as pessoas.

Um vídeo que circula nas redes sociais sugere que a companhia está se unindo à causa em prol dos gaúchos e fazendo uma liquidação de estoque como parte de uma “corrente de solidariedade”. Tudo mentira.

Os bandidos citam um outlet da Karsten, usam imagens reais de lojas e reproduzem uma página de e-commerce praticamente idêntica à da marca. Apesar da semelhança, o golpe está no link da página, que é falso.

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A Karsten, de fato, mobilizou doações ao Rio Grande do Sul e chegou a destinar uma célula de produção na fábrica em Blumenau para produzir artigos têxteis destinados às vítimas das enchentes, como já destacou a coluna. Mas a companhia precisou vir a público desmentir o conteúdo do vídeo.

“Esclarecemos que o vídeo é falso e que todas as ações relacionadas às ajudas ao povo gaúcho saem diretamente de nossa fábrica. A Karsten sempre se comprometeu com a responsabilidade social e apoio às comunidades em momentos de necessidade. No entanto, informamos que o vídeo em questão não reflete uma ação oficial da nossa empresa”, manifestou-se a empresa em nota oficial.

Na nota, a companhia diz ainda que tem “desenvolvido ações para ajuda e auxílio para com as pessoas, em iniciativas que levam em conta canais de credibilidade e responsabilidade social”.

Caso Havan

O empresário Luciano Hang, dono da Havan, também foi usado para aplicação de golpes envolvendo doações ao Rio Grande do Sul.

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Os golpistas utilizaram ferramentas de inteligência artificial para manipular a imagem e a voz de Hang, sugerindo que o dinheiro arrecadado com a venda de produtos seria doado às vítimas das enchentes.

Hang diz que a Havan já identificou e tenta derrubar cerca de 600 sites falsos que exploram a marca da empresa.

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