O Grupo Pereira, dono da rede Fort Atacadista, considera a possibilidade de abrir capital se surgir a oportunidade para isso, revelou o diretor Lucas Pereira em entrevista ao Valor Econômico publicada nesta quinta-feira (13). À coluna, a empresa confirmou a informação divulgada pelo jornal.
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O negócio está há pelo menos dois anos no radar de bancos de investimento e advogados focados em mercado de capitais e reorganização sucessória, informou o Valor. O crescimento expressivo nos últimos anos do atacarejo, segmento em que o Fort é líder em Santa Catarina, tem despertado o interesse de investidores.
O assédio cresceu depois que o Grupo Mateus, com origem no Maranhão, lançou uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2020. O movimento foi entendido como um sinal de que outras redes com atuação no atacarejo possam seguir o mesmo caminho. Desde então, fundos e bancos intensificaram as sondagens à família, revelou Pereira ao Valor.
Segundo o executivo, apontado como um possível sucessor no comando dos negócios, mudanças na governança feitas nos últimos anos – que incluíram um acordo entre os acionistas da família, a criação de um conselho consultivo com dois membros independentes e a transformação em sociedade anônima, com emissão de R$ 300 milhões em debêntures (títulos de dívida) – deixaram o Grupo Pereira “melhor preparado caso a oportunidade (de abrir capital) surja”.
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A investida na Bolsa de Valores, no entanto, ainda depende de eventuais janelas de mercado, avisa Pereira. Enquanto ainda estuda os próximos passos rumo ao mercado de capitais, o grupo prepara investimentos de R$ 660 milhões em 2023. A expansão para o próximo ano inclui a entrada no Rio Grande do Sul, com cinco lojas. Outras 10 unidades estão previstas para São Paulo, incluindo a capital, em dois anos.
Além do Fort Atacadista, o grupo também controla as marcas Comper, Bate Forte, SempreFort, Fort Posto, Vuon, Broker, Pantanal e Perlog, com negócios nos segmentos de farmácia, posto de combustível, distribuição e logística. São 16 mil funcionários e 101 unidades espalhadas por Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Distrito Federal. O faturamento previsto para 2022 é de R$ 11 bilhões.
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