Um pequeno restaurante de Blumenau cruzou o caminho da dona da maior plantação de açaí do mundo e agora servirá de modelo para a criação de uma rede internacional de lojas com foco em alimentação saudável. Instalado no Calçadão Brueckheimer, o Brasilic Superfood teve a marca adquirida pela Schultz, gigante do agro que cultiva 3 mil hectares da fruta em fazendas no Amapá, região Norte do país.
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Por trás do que poderia soar uma improvável parceria está um plano ousado, de escala global. Especializada no plantio, a Schultz deve investir R$ 150 milhões para “varejar” o negócio de açaí a partir de lojas próprias e franquias com a marca Brasilic. De início estão mapeadas ao menos 100 operações pelo Brasil, além de unidades nos Estados Unidos, com foco na Flórida, e Europa, principalmente no litoral de Portugal e Espanha.
O aporte também vai incluir a ampliação do plantio sustentável de açaí, ações de marketing e posicionamento de marca e a estruturação de uma fábrica de processamento da fruta que roda em fase de testes em Miracatu (SP). A planta, comprada de outra empresa, está sendo enquadrada a normas orgânicas e padrões sanitários. Ela tem capacidade de processamento de 60 toneladas diárias, volume que deve subir para 300 com uma expansão já mapeada.
Fundado há oito anos em Blumenau, o Brasilic vende saladas, wraps (sanduíches feitos com pão folha), sucos naturais, smoothies (shakes de frutas), açaí, doces e sobremesas. Nem todo o cardápio, porém, deve estar presente na futura rede, que deve operar com lojas enxutas, principalmente no formato de quiosques. Segundo Kadson Schultz, diretor da Schultz, projeções iniciais apontam que o negócio pode faturar em torno de R$ 25 milhões mensais.
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À coluna, o executivo revelou ter descoberto a marca blumenauense por acaso, depois de ter sido apresentado a ela pela filha. A companhia já sondava o varejo, mas ainda buscava o parceiro ideal para a investida. Kadson diz que a proposta do Brasilic de “vender saúde”, associada a um açaí de qualidade, chamou a atenção:
— O santo bateu. O produto deles já era bom e as ideias faziam sentido.
No negócio acordado entre as partes, a Schultz entrará com o investimento. A equipe do Brasilic tocará o dia a dia do negócio e ficará responsável pela estruturação da futura rede.
— Nós entramos com a gestão do branding e da fábrica e gerenciando a expansão das unidades da loja — diz Mateus Back, diretor geral do Brasilic.
Além de Back, permanecem na linha de frente da operação do Brasilic o diretor de marketing, Nicolas Cornetet, e a chef de cozinha Alexa Meira.
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