A japonesa Nidec, que em 2018 comprou a catarinense Embraco, anunciou neste fim de semana uma parceria com a Embraer para criar uma nova empresa de peças para veículos de decolagem e pouso vertical (eVTOL), também conhecidos como “carros voadores”. O acordo dará origem à Nidec Aerospace, com sede nos Estados Unidos e concentrada na fabricação de sistemas elétricos de propulsão, que também atenderão aeronaves de asa fixa e o setor aeronáutico.

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Juntas, as empresas devem investir US$ 78 milhões – cerca de R$ 375 milhões pela cotação do dólar nesta segunda-feira (19) – até 2026, de acordo com fato relevante divulgado pela Embraer. A parceria ainda depende da aprovação de órgãos regulatórios. As companhias informaram que a expectativa é de que tudo esteja concluído até 31 de dezembro deste ano. A Nidec terá participação majoritária (51%) no negócio. A Embraer ficará com os outros 49%.

A novidade foi divulgada durante a 54ª edição do Paris Air Show, um dos principais eventos da indústria aeroespacial global. Segundo a Nidec, a operação combina sinergias complementares e expertises em áreas distintas das engenharias das duas empresas para “liderar uma nova era da mobilidade aérea”. A matriz da Nidec Aerospace ficará em Saint Louis e contará com o suporte das unidades industriais das duas companhias no Brasil e no México.

“A demanda por sistemas elétricos de propulsão está crescendo exponencialmente nesta área e estamos confiantes que a Embraer e a Nidec podem acelerar o desenvolvimento de produtos avançados para potencializar o futuro da aviação sustentável”, declarou Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer, em comunicado.

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Mal foi criada, a Nidec Aerospace já anunciou o primeiro cliente a encomendar o sistema elétrico de propulsão. É a Eve Air Mobility, subsidiária brasileira da Embraer que produz aeronaves elétricas.

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