Apesar do convênio de R$ 465 milhões firmado com o Ministério da Infraestrutura no ano passado, o dinheiro que o governo de Santa Catarina vem despejando em BRs, que são de responsabilidade da União, até agora não foi suficiente para melhorar a condição geral das estradas federais que cruzam o Estado.
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Esta é uma das constatações de um estudo da situação física das rodovias contratado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que será apresentado na manhã desta quinta-feira (24) em reunião da Câmara de Transporte e Logística da entidade.
“Salientamos que, apesar de um aporte significativo de investimentos realizado pela gestão atual do governo estadual, segmentos importantes das rodovias estão em estado precário, comprometendo a segurança e a eficiência destes corredores logísticos estratégicos”, anota o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, no documento, obtido pela coluna.
O trabalho foi elaborado pelo engenheiro Ricardo Saporiti e apresenta um diagnóstico de 1.180 quilômetros de rodovias, percorridos entre agosto e setembro deste ano. A lista inclui as BRs 470, 282, 153, 158 e 163. Fotos anexadas ao material mostram problemas relacionados principalmente à pavimentação.
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A condição precária das estradas, que representam quase 70% da matriz de transporte do Estado, é lembrada como um fator de risco duplo: por aumentar a incidência de acidentes e também encarecer os custos da indústria. Estudos da Fiesc mostram que a logística consome 14% do valor do faturamento bruto das empresas – índice 55% superior ao dos Estados Unidos, por exemplo –, sendo que metade disso é referente ao transporte.
No documento, a Fiesc reitera ainda a “necessidade urgente” de se definir uma política que possibilite de forma contínua a manutenção e conservação da malha rodoviária estadual, medida que teria reflexos diretos na geração de emprego, renda e circulação da economia.
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