A imagem de um carrinho de bebê na Rua Netuno, em Blumenau, destruído pela lama assustou moradores e chamou a atenção depois que uma avalanche de barro tomou conta da via do bairro Escola Agrícola nesta sexta-feira (3). Mas, ao que tudo indica, o objeto não é uma vítima dos deslizamentos de agora.

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Tudo leva crer que esse e outros itens, como restos de eletrodomésticos e outros detritos, que ficaram expostos estavam soterrados desde os deslizamentos de terra que atingiram a região mais acima na tragédia de 2008. O prefeito Mário Hildebrandt levantou essa possibilidade na noite de sexta durante um boletim ao vivo, pela internet, em que atualizou a situação das chuvas na cidade:

— Tem muitos objetos que estão nesse deslizamento, mas que não são de casas atingidas hoje. São objetos que desceram e ainda estavam lá na região da Coripós, na Rua Germano Grosch, desde 2008. A partir das chuvas, acabaram vindo abaixo com esse fluxo de detritos e foram parar no meio da Rua Netuno — disse o prefeito.

Veja fotos aéreas do deslizamento na Rua Netuno

As imagens são de Zaidan Martendal, da prefeitura de Blumenau

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Hildebrandt fez a ponderação para esclarecer que o barro, neste caso, não destruiu casas, embora tenha atingido alguns imóveis. A Defesa Civil de Blumenau considera a hipótese, embora admita que é difícil dizer com 100% de certeza que esses objetos estavam soterrados há tanto tempo.

Durante a transmissão online, o secretário Carlos Menestrina disse que os estragos na Rua Netuno só não foram maiores porque, depois dos episódios de 2008, foi feita uma obra de engenharia na região para minimizar a eventual descida de fluxo de detritos.

Somente entre os dias 2 e 3 de novembro, a prefeitura de Blumenau contabilizou 153 ocorrências de deslizamento de terra na cidade. Desde o início desta temporada de chuvas, em 4 de outubro, são 577 casos.

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