A epidemia de dengue que atinge o Brasil neste início de 2024 provocou uma corrida contra o tempo em uma fábrica da Viveo em Blumenau. A unidade, comprada do Grupo FW em 2021, é dedicada à fabricação de lenços umedecidos, entre eles uma linha do produto com repelente. Diante do surto da doença, os pedidos aumentaram e a produção do item que ajuda a espantar o mosquito transmissor da doença precisou ser reforçada.

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Só para março, a produção de lenços com repelente foi ampliada em mais de 10 vezes: passou de uma média mensal de 20 mil pacotes – cada um tem 16 unidades – para 240 mil, diz o diretor de Marketing e Vendas da Viveo, Leonardo Celeri. Praticamente metade desse excedente já está vendida para o mês.

— A gente rapidamente sentiu o movimento de dengue e o sell-out (venda para o consumidor) começando a puxar o produto — diz o executivo.

Para dar conta do aumento da procura, a Viveo antecipou a compra de insumos, entre eles produtos químicos e embalagens. Segundo Celeri, a empresa, dona de 60% do mercado nacional de lenços umedecidos e que também controla a Cremer, outra indústria blumenauense de artigos para saúde, adaptou a fábrica sem necessidade de algum investimento ou contratações adicionais.

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O lenço umedecido com repelente ainda representa uma fatia pequena no negócio do grupo. Nem há garantias de que a linha continuará se expandindo na mesma velocidade. Para Celeri, a demanda é sazonal, resultado do cenário de momento. Mas o executivo avalia que, mesmo em menor intensidade, o item pode seguir caminho semelhante ao álcool gel, incorporado à rotina de muitas pessoas após a pandemia de Covid-19.

— As próximas produções (da linha) vão agora depender da demanda versus a capacidade de consumo — explica.

Segundo a Viveo, o produto oferece proteção por até quatro horas e pode ser reaplicado até três vezes por dia. Testes de laboratório, conforme a empresa, atestaram a eficácia contra o Aedes aegypt.

Blumenau está em estado de emergência em função da alta de casos de dengue. Nesta segunda-feira (11), a prefeitura cancelou consultas médicas eletivas dos postinhos e ambulatórios por tempo indeterminado.

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