Cada vez mais empresas de Santa Catarina estão migrando para o mercado livre de energia. Dados da Celesc mostram que o número de unidades consumidoras dentro da área de concessão da companhia que adotaram essa modalidade saltou de 876, em junho de 2018, para 1.030 no mesmo mês deste ano. O crescimento chega a 17,6% em um ano.

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No mercado livre, os consumidores compram energia diretamente das geradoras – ou seja, ela não passa por uma distribuidora. Nessa modalidade, o cliente tem mais flexibilidade para negociar preços, volume e prazos, de acordo com a própria necessidade. Além disso, o contrato firmado evita que a tarifa sofra oscilações abruptas, como no mercado aberto.

Das 1.030 unidades consumidoras adeptas dessa modalidade no Estado, 603 (cerca de 58%) são indústrias. Nas fábricas, o consumo de energia costuma representar um dos principais itens da lista de despesas, o que explica a procura maior por alternativas que ajudem a reduzir essa conta.

O presidente da Câmara de Energia da Fiesc, Otmar Josef Müller, admite que esse mercado é crescente, mas lembra que em anos anteriores a taxa de adesão já foi maior e, por isso, enxerga tendência de diminuição. Isso porque, segundo ele, praticamente todas as grandes e médias indústrias do Estado já fizeram a migração – isso baixaria a base de comparação. Um dos principais benefícios para isso, ressalta, é a previsibilidade do valor da energia.

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