Em apuros financeiros, a Coteminas estaria conversando com rivais do setor, entre eles a Vicunha Têxtil, em busca de algum tipo de acordo ou sociedade para enfrentar a crise. O arrendamento de parte da operação seria uma das possibilidades no radar. Unidades fabris teriam sido oferecidas a pelo menos outras duas empresas, mas as conversas avançam devagar. As informações são do jornal Valor Econômico.

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A publicação destaca que Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas, “tem batido em muitas portas na tentativa de buscar uma solução para a empresa”. Recentemente, segundo o Valor, o empresário teria procurado fundos especializados em soluções de capital popularmente conhecidos como “special sits”.

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A romaria esbarraria em obstáculos diante do quadro da companhia. Recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), principal reguladora do mercado de capitais no Brasil, cobrou explicações da Coteminas sobre uma dívida da empresa com um fundo de investimento.

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Outros problemas incluem o atraso no pagamento de salários e de rescisões trabalhistas, após desligamentos em massa. Só em Blumenau foram mais de 700 demissões no último ano. O descumprimento do acordo fez o sindicato que representa a categoria ir até São Paulo no início do mês cobrar respostas de Gomes da Silva.

O último balanço operacional da Coteminas é do segundo trimestre de 2023. Entre janeiro e março do ano passado, a receita líquida da empresa foi de R$ 171,3 milhões, queda de 55% em relação ao mesmo período de 2022. O prejuízo foi de R$ 212 milhões.

Ao prestar contas a acionistas, a Coteminas, que fabrica artigos de cama, mesa e banho, tem atribuído a crise a contextos econômicos, alta da inflação e perda de poder aquisitivo das famílias.

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