Empresa, que tem fábrica em Blumenau, passa por crise e pediu recuperação judicial (Foto: Patrick Rodrigues, Arquivo NSC Total)
A Coteminas, gigante têxtil brasileira que tem fábrica em Blumenau, aparece em uma indigesta lista de empresas de capital aberto inadimplentes junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), principal reguladora do mercado de capitais no Brasil.
No dia 3 deste mês, o órgão divulgou uma relação de oito companhias abertas que estão há pelo menos três meses sem divulgar informações financeiras periódicas. Além da Coteminas, a relação ainda conta com a Springs Global e Santanense, do mesmo grupo.
No caso da Coteminas, estão em falta as informações financeiros do segundo e terceiro trimestres de 2023, as demonstrações completas do último ano e o balanço do primeiro trimestre de 2024, além do formulário de referência deste ano. Até o início da tarde desta terça-feira (16), esses dados ainda não estavam disponíveis na página da companhia destinada a investidores.
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Em comunicado, a CVM disse que o objetivo da divulgação é “alertar aos investidores e ao público em geral que consideram essa informação nas suas relações com as citadas companhias abertas, ou nas suas decisões de investimento”.
A lista não considera companhias que estejam em situação de falência, liquidação ou que estão com os registros suspensos junto à CVM.
A Coteminas vive delicada situação financeira, escancarada com as demissões em massa feitas no último ano na fábrica de Blumenau. Em abril, a empresa publicou comunicado ao mercado anunciando “a conclusão de importante etapa” no processo de reestruturação, que inclui negociações com credores para prolongar e reduzir dívidas. Em maio, entrou com pedido de recuperação judicial.
Relembre grandes empresas de Blumenau que foram vendidas
A Artex foi incorporada nos anos 2000 pela Coteminas (Foto: Reprodução)
A Mega Transformadores foi comprada em 2000 pela multinacional sueco-suíça ABB (Foto: Reprodução)
A Eisenbahn foi comprada em 2008 pelo Grupo Schincariol. Depois, foi negociada com a japonesa Kirin até ser adquirida pela Heineken (Foto: Divulgação)
Em 2008 a francesa Areva, fornecedora de equipamentos de energia, comprou a Waltec, que mais tarde passaria a integrar a Schneider Electric (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Em 2010 a Wheb Sistemas, fabricante de softwares de gestão de saúde, foi comprada pela multinacional Philips (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
A Dudalina foi vendida em 2013 para fundos americanos e um ano depois acabou comprada pela Restoque, hoje Veste S.A (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Desde setembro de 2016 a Bermo, fabricante de válvulas e equipamentos industriais, faz parte do Grupo ARI Armaturen, da Alemanha (Foto: Divulgação)
A Baumgarten não foi vendida, mas em 2016 anunciou uma fusão com duas empresas alemãs que deu origem à All4Labels (Foto: Divulgação)
Em 2017, a CM Hospitalar, dona do Grupo Mafra (atual Viveo), anunciou a compra da Cremer (Foto: Luís Carlos Kriewall Filho, Especial, BD)
Desenvolvedora de softwares de gestão logística, a HBSIS foi comprada em 2019 pela cervejaria Ambev (Foto: Divulgação)
Em março de 2021, a Viveo comprou o Grupo FW, fabricante de lenços umedecidos e dona da marca Feel Clean (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Cia. Hering aceitou uma proposta de compra do Grupo Soma (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Hemmer foi comprada pela multinacional Kraft Heinz (Foto: Artur Moser, NSC Total, BD)
A Unimestre, que desenvolvia sistemas de gestão educacional, foi comprada em outubro de 2021 pela Plataforma A+ (Foto: Divulgação)
Em 2021 a fintech PagueVeloz aceitou uma proposta de compra feita pela Serasa (Foto: Pedro Machado, NSC Total, BD)
A agência de marketing digital A7B foi comprada em 2021 pela Adtail, empresa gaúcha do mesmo ramo (Foto: Divulgação)
Em 2021, o Laboratório Hemos foi comprado pelo Grupo Sabin, uma das principais empresas de medicina diagnóstica do Brasil (Foto: Divulgação)
Em 2021, a startup Velo foi comprada pela QuintoAndar, plataforma de moradia (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2021, a marca Sulfabril foi arrematada em leilão pela companhia têxtil catarinense Lunelli (Foto: Lucas Amorelli, BD)
A Movidesk, que oferece soluções tecnológicas de atendimento e suporte a clientes, foi comprada em dezembro de 2021 pela companhia gaúcha Zenvia (Foto: Divulgação)
Em 2021, a fabricante de etiquetas, tags e acessórios de moda Tecnoblu foi comprada pela canadense CCL Industries (Foto: Divulgação)