Coronavírus: hotéis de Pomerode tentam driblar prejuízos com novos serviços

Não existe melhor momento para a explosão de uma pandemia, mas para a rede hoteleira de Pomerode o novo coronavírus surgiu na pior hora possível. A cidade estava às vésperas de seu principal evento turístico do ano, a Osterfest, maior festa de Páscoa do Brasil, quando os efeitos da Covid-19 começaram a provocar medidas drásticas de isolamento social. Com a programação do evento suspensa, restaurantes fechados e impedidos de receber hóspedes, hoteleiros da cidade viram o planejamento de um ano ir por água abaixo.

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Para o segmento a vida começou aos poucos a voltar ao normal no início desta semana, com a liberação das atividades. Com a cadeia turística parada, no entanto, o retorno não tem sido fácil. Mas ninguém ficou de braços cruzados. Hotéis e pousadas decidiram apostar em novos serviços e promoções para amenizar os prejuízos deste difícil período. E contam também com a tranquilidade de Pomerode como trunfo.

— Todo mundo se mobilizou para criar uma alternativa — conta a empresária Gicele Lanser Correa.

A pousada dela, a Casa Branca, aderiu à #hospitalityhelps, uma iniciativa que oferece hospedagem a profissionais de saúde que atuam na linha de frente ao combate ao novo coronavírus.

Entre os hotéis mais tradicionais da cidade, o Bergblick transformou quartos em escritórios, com diferentes pacotes de uso, sem a necessidade de pernoite. Neles o cliente tem uma mesa de trabalho, internet e frigobar em uma espécie de Hotel Office. A proprietária Eliana Czaschke diz que esta é uma alternativa para pessoas que estão com os filhos em casa mas não conseguem trabalhar por falta de espaço ou concentração.

Há também quem apele para o bolso da clientela, tão sensível neste momento. A Pousada Oma Helga, por exemplo, está bancando 10% das refeições entregues aos hóspedes que ficam pelo menos duas noites em um quarto duplo. Na Pousada Max, a terceira diária consecutiva fica por conta da casa. A Pousada Edelweiss liberou a entrega de almoços nos quartos, fornecendo louça e talheres.

Segundo Gicele, ações como essas ainda não foram revertidas em um número expressivo de diárias na maior parte dos hotéis porque restaurantes e pontos turísticos tradicionais de Pomerode seguem fechados. Mas a resposta rápida ao cenário ao menos despertou curiosidade, gerando consultas aos estabelecimentos e uma perspectiva um pouco mais otimista de retomada.

— A recuperação é lenta, mas a cidade está preparada para isso — aposta.