O desaquecimento da economia provocado pelo novo coronavírus continua atingindo em cheio a indústria têxtil do Vale. Depois de empresas como Haco e Brandili, foi a vez da Altenburg, maior fabricante de travesseiros do Brasil, fazer cortes na operação.
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A quase centenária empresa confirmou a demissão, na última semana, de 150 funcionários. Outros 50 colaboradores temporários, totalizando 200, também foram desligados – o sindicato que representa a categoria divulgou que teriam sido 70 contratos sazonais encerrados. Com isso, o terceiro turno de produção foi extinto.
Em entrevista ao blog na última semana, o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), José Altino Comper, projetou que o setor têxtil da região pode perder até 10 mil empregos por causa dos impactos do novo coronavírus.
A Altenburg alega que teve forte redução na produção e no faturamento por causa do fechamento do varejo – embora o comércio tenha sido reaberto em Santa Catarina nesta semana, em outros estados do Brasil ele continua suspenso.
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Sobre as demissões dos temporários, a companhia justificou que há um volume maior de contratações no início do ano para atender a demanda do inverno. São contratos normalmente encerrados em junho e julho. O cenário atual, no entanto, forçou a antecipação desses desligamentos.
“Em breve retomaremos e restabelecemos nossas atividades continuando a contribuir com a nossa comunidade, cada vez mais forte no nosso propósito: de gerar bem-estar para as pessoas”, disse a empresa em resposta enviada à coluna sobre a situação.
A Altenburg tem unidades em Blumenau, São Soque (SP) e em Nossa Senhora do Socorro (SE), além de uma fábrica no Paraguai. A companhia também tem uma rede de 11 lojas.