A prefeitura de Blumenau quer que empresas têxteis da região produzam máscaras e aventais descartáveis. O material será direcionado a profissionais da área da saúde que atuam no combate ao novo coronavírus. O município deve procurar ainda nesta terça-feira (31) o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário (Sintex) para tratar do assunto.

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A ideia é resolver dois problemas em uma tacada só: garantir o suprimento de equipamentos de proteção individual que estão em falta no mercado – os fornecedores atuais importam os produtos de países da Ásia, mas o transporte está restrito em tempos de pandemia – ao mesmo tempo em que se aproveita a ociosidade do parque fabril local, gerando receita para as empresas.

O município não está pedindo doações – embora elas sejam bem-vindas. Quer comprar os produtos e, por isso, vai solicitar aos interessados que enviem orçamento via e-mail (compras@blumenau.sc.gov.br) para a Secretaria de Administração. Como Blumenau está em situação de calamidade pública, a prefeitura pode fazer a aquisição sem a necessidade de abrir uma licitação. Os eventuais fornecedores, no entanto, precisam estar com a documentação em dia, incluindo certidões negativas de débitos.

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Algumas empresas da região já estão produzindo máscaras para doação, mas fora dos padrões de segurança estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo as normas do órgão, elas devem ser confeccionadas em TNT (tecido não-tecido). Os aventais precisam ser feitos de material não tóxico.

As indústrias que se cadastrarem para fornecer os itens também precisarão respeitar o decreto vigente do governo do Estado, que limita o número de funcionários à metade da equipe, reforça os protocolos de higiene e estabelece distanciamento entre os trabalhadores.

Demanda não será um problema. Segundo o secretário de Administração, Anderson Rosa, cálculos preliminares indicam a necessidade de pelo menos 100 mil máscaras e 50 mil aventais por mês em Blumenau no cenário de pico da pandemia.