A Villa Germania, uma das principais produtoras de carne de pato da América Latina, vai dar férias coletivas para 215 dos seus 280 funcionários a partir da próxima segunda-feira (30). A empresa de Indaial decidiu suspender as operações por duas semanas e retomará as atividades apenas depois da Páscoa.

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A companhia se encaixa como agroindústria e, conforme normas estabelecidas pelo governo do Estado, não precisaria reduzir a capacidade de operação por ser considerada atividade essencial em meio ao avanço do novo coronavírus. O cenário provocado pela pandemia, no entanto, impactou o fornecimento para restaurantes e derrubou as vendas no varejo e também junto a distribuidores, com quedas de até 70%.

— Temos distribuidores solicitando para recolher produtos já faturados e acusando quedas de até 90% de suas vendas — conta o diretor Marcondes Moser.

A Villa Germânia também é uma das maiores exportadoras de carne de pato da América Latina — e metade do seu faturamento vem de clientes externos. A empresa continua embarcando alguns pedidos fechados antes da pandemia ganhar força, mas Moser conta que já houve cancelamentos, inclusive de produtos que estavam em alto mar.

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Nos últimos dias cresceram os apelos para uma retomada gradual da atividade produtiva como forma de evitar um agravamento ainda maior da economia. Um grupo de cerca de 50 entidades representativas de Santa Catarina já oficializou pedido neste sentido ao governador Carlos Moisés, que confirmou estar estudando o assunto.