Cooperativas de crédito com atuação em Santa Catarina estão prorrogando o pagamento de parcelas de empréstimos e financiamentos de bens. É uma maneira de ajudar os cooperados em tempos de crise econômica provocada pelo coronavírus. Só as 13 instituições que formam o Sistema Ailos, com atuação em toda a região Sul do país e carteira de 850 mil cooperados, já renegociaram 170 mil contratos, beneficiando 74 mil cooperados. Em valores, isso representa uma quantia de R$ 212 milhões, que ficam “à disposição” para circular na economia regional.
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As prorrogações são avaliadas caso a caso, diz Rodrigo Imthurn, superintendente de Operações e Produtos da Central Ailos. Em média, são de três a quatro parcelas suspensas, jogadas para o fim do contrato. Segundo Imthurn, em torno de 60% do montante está vinculado a operações de crédito de empresas, a esmagadora maioria (cerca de 90%) contratadas antes da pandemia e normalmente ligadas a investimentos ou composição de capital de giro. Até então as cooperativas tinham maior demanda de pessoas físicas, explica ele.
Os números correspondem a um levantamento feito até o fim da última semana. Embora o volume ainda possa crescer, Imthurn acredita numa estabilização a partir de maio. De acordo com ele, as cooperativas também estão estruturando novas linhas de crédito com um prazo maior de carência. Se antes a média era de seis meses, agora, dependendo dos casos, sobe para 12 ou até 18.
Além da possibilidade de prorrogação das parcelas, as cooperativas também estão avaliando casos de redução de tarifas e isenção da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações contratadas entre 3 de abril e 4 de junho. Uma campanha para estimular a compra de produtos feitos por empresas locais também foi lançada.
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