No rastro de mudanças de hábitos de consumo desencadeada pela pandemia do novo coronavírus, uma startup catarinense vem ganhando terreno com uma tendência ainda pouco explorada no Estado: minimercados autônomos dentro de condomínios. A ideia da Minha Quitandinha é socorrer o morador que se dá conta de que faltou ou acabou algo em casa – o carvão do churrasco, o molho da macarronada, o detergente da louça… –, mas não quer esperar tanto tempo por um delivery ou sair para comprar apenas um produto.

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A proposta vem sendo bem recebida e a empresa já foi contemplada com um aporte de investidores-anjo para acelerar a expansão do negócio. Hoje são 17 minimercados espalhados em condomínios de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pará. A previsão é chegar a 25 até o final de julho e quadruplicar para 100 ainda em 2021, projeta Guilherme Mauri, um dos idealizadores da Minha Quitandinha. São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rondônia são estados que estão no radar.

Como parte da estratégia de crescimento, a Minha Quitandinha assumiu recentemente três unidades do Market Here, que têm a mesma proposta de negócio, instaladas em condomínios residenciais de Blumenau. Outras quatro lojas na cidade, um dos focos de crescimento da startup, estão em fase de implantação.

Como funciona

Na prática, a Minha Quitandinha é uma rede de franquias. Cada minimercado é operado por um parceiro licenciado. As lojas podem ser montadas em qualquer área do condomínio – uma sala desocupada ou um corredor mais amplo já servem. Ou até mesmo funcionar dentro de um contêiner na garagem. Segundo Mauri, a operação é indicada para residenciais com pelo menos 120 apartamentos. Mas a empresa já estuda alternativas para levar o modelo a espaços menores.

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Instalado, o minimercado opera 24 horas por dia, sete dias por semana. Não há funcionários e o modelo é de autoatendimento. O morador do condomínio pega os produtos que quiser na prateleira e escaneia o código de barras por um aplicativo no celular ou com um equipamento leitor disponível no local. O pagamento pode feito por telefone ou com cartão de crédito e débito, por meio de maquininha. Não há possibilidade de comprar com dinheiro vivo.

A oferta de produtos disponíveis varia. Segundo Mauri, é possível colocar até 500 itens diferentes de mercearia, pães, bebidas, doces, higiene e limpeza, entre outros.

— Tem um mix inicial padrão, mas a gente tenta sempre adaptar ao condomínio. Fazemos uma pesquisa para saber o que as pessoas querem comprar. E aí vai adaptando — conta o empreendedor.

As compras e, em alguns casos, o próprio acesso ao minimercado dependem de um cadastro prévio em um aplicativo, disponível apenas para maiores de idade. É uma forma de controlar a venda de bebidas alcóolicas, por exemplo.

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