Os sócios do Bela Vista Country Club estão divididos. A direção do tradicional clube social, localizado entre Gaspar e Blumenau, decidiu propor a compra de um terreno ao lado das atuais instalações. Trata-se de uma área consolidada de 4,2 mil metros quadrados, avaliada em R$ 7 milhões, onde hoje existem casas e galpões comerciais. Uma assembleia geral extraordinária foi convocada para a próxima segunda-feira (10) para tratar do assunto. Mas desde já o negócio vem provocando polêmica nos bastidores.
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De um lado, há posições favoráveis, que defendem a oportunidade de expansão do clube. Embora ainda não exista definição sobre o que seria feito na nova área caso a compra seja concretizada, a direção do Bela Vista já considera algumas possibilidades, como a construção de um novo complexo esportivo com piscina aquecida, quadras de padel e novos espaços sociais para reservas e estacionamentos.
Do outro, existe uma corrente de sócios que questiona o alto valor do negócio e defende que esse dinheiro seja aplicado em manutenção das atuais instalações, que em alguns casos, na visão deles, precisariam de melhorias. Há ainda um outro ponto que tem despertado dúvidas, relacionado ao verdadeiro tamanho da área a ser adquirida. A direção do Bela Vista considera que seriam, no total, cerca de 6 mil metros quadrados.
Essa dimensão leva em conta uma área de 1,8 mil metros quadrados de uma via projetada entre o clube e o terreno, que ainda não foi implementada. Já existe lei estabelecendo esta rua. Ela, no entanto, precisaria ser revogada para que seja possível “avançar” na expansão. A lógica é que, se confirmada a compra, o Bela Vista seria o único proprietário dos imóveis lindeiros da rua e, com isso, não haveria interesse público na abertura dela.
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Em um documento em que responde dúvidas dos sócios, ao qual a coluna teve acesso, a direção do Bela Vista defende a importância da aquisição. Sustenta que a área pretendida é uma das poucas possíveis de expansão. Também diz que a compra eliminaria o risco de o terreno ser usado futuramente para a construção de algum edifício residencial, “o que certamente traria grandes problemas ambientais” ao clube. A própria nova via projetada “cortaria” parte das atuais instalações, afetando o tamanho das quadras de tênis. Outros argumentos incluem redução de custos com acessos.
Chamada de capital
Para o negócio ir adiante, porém, haveria a necessidade de uma chamada de capital. Segundo a coluna apurou, cada sócio deverá contribuir com 36 parcelas mensais de R$ 100. Sem esse reforço no caixa, a aquisição se tornaria inviável. Pelas condições da operação já previamente negociadas, a entrada seria de R$ 1 milhão, somada a mais 50 parcelas mensais fixas de R$ 155 mil. Com correção monetária, o desembolso total chegaria a R$ 8,75 milhões.
A decisão quanto a compra ou não do imóvel cabe aos sócios e o resultado da assembleia é soberano. Procurada, a direção do Bela Vista disse que não comentaria o assunto antes da votação.
Imagens mostram estrutura e atrações do Bela Vista
Clube tem quase 200 mil metros quadrados de área, espaços verdes, quadras de esportes, piscina, diversas churrasqueiras e espaços para eventos. Fotos: Divulgação
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