O Complexo Esportivo do Sesi será de Blumenau. O que ainda não se sabe é quando exatamente a prefeitura terá de fato a posse da estrutura na Rua Itajaí. Em cerimônia na noite desta quinta-feira (4), marcada pela assinatura de um protocolo de intenções para viabilizar o negócio, as autoridades e lideranças políticas envolvidas, entre elas o governador Jorginho Mello (PL), o prefeito Mário Hildebrandt (PL) e o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, adotaram um discurso único, em tom festivo, de que o Sesi já é da cidade. Mas faltaram respostas mais claras a questionamentos sobre prazos para que a transferência seja concretizada.

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O protocolo assinado cita a “conjugação de esforços para efetivação do negócio jurídico” envolvendo a transferência de imóveis entre governo do Estado e Sesi. Como a coluna já havia antecipado, o negócio partirá de uma permuta. Em troca do complexo esportivo, a Fiesc receberá uma área em Joinville, onde existe um heliponto, e dois lotes no Sapiens Parque, em Florianópolis.

Todos os imóveis, segundo o documento assinado, serão avaliados oficialmente, e é provável que ainda haja uma compensação financeira a ser paga pelo Estado na negociação. O protocolo, que tem vigência de 12 meses, prazo que pode ser prorrogado, diz ainda que “os instrumentos jurídicos e legais necessários para a efetivação do negócio jurídico serão formalizados oportunamente”. Mas sem citar datas e prazos.

O processo ainda deve passar pela Assembleia Legislativa, que precisará aprovar a transferência do que será uma propriedade estatal – é o governo quem fará a aquisição – ao município. Será um ato, no entanto, pró-forma. A Casa já sinalizou que o assunto está resolvido a partir do momento em que a bancada do Vale aprovou uma emenda de R$ 5 milhões para futuras reformas no complexo.

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No papel o Sesi ainda não é de Blumenau. Mas o fato é que a bandeira da municipalização do complexo esportivo deu um grande passo, agora com ares mais oficiais, e nunca esteve tão próxima de ser concretizada. Com prefeitura, Estado e Fiesc falando a mesma língua, num esforço que envolve vontade política – que sempre foi o principal obstáculo para fazer a coisa acontecer –, basta agora apenas vencer a burocracia da papelada.