Nenhuma outra empresa no Brasil criou uma geração tão farta de super-ricos quanto a WEG. A fabricante catarinense de motores, transformadores, geradores de energia e tintas é responsável por emplacar 29 pessoas entre os 280 bilionários do país, conforme ranking divulgado na última semana pela Forbes. É mais do que o dobro da Itaúsa, segunda colocada na lista, que “contribuiu” com 11 nomes.

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Os 29 bilionários ligados à WEG não necessariamente têm relação direta com o dia a dia da empresa. Na maior parte dos casos são filhos e netos, alguns com negócios a parte, que detêm ações que um dia foram dos fundadores da companhia: Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus, todos já falecidos. Em 1961, o trio – formado por um mecânico, um eletricista e um administrador – decidiu combinar as iniciais de seus primeiros nomes para batizar um negócio que hoje tem proporções globais.

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Nos últimos anos, esses herdeiros vêm sendo beneficiados pelo expressivo crescimento da WEG. Em 2022, a companhia registrou uma receita operacional líquida de R$ 29,9 bilhões, alta de 26,9% em relação a 2021. O lucro líquido avançou 17,3%, para R$ 4,2 bilhões. Em um intervalo de apenas cinco anos, a empresa mais do que triplicou as vendas – que haviam sido de “apenas” R$ 9,52 bilhões em 2017.

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Os números avassaladores são puxados por uma estrutura robusta, hoje composta por 52 fábricas em 15 países, 39 mil funcionários e mais de 4,3 mil engenheiros. E que vem crescendo ano a ano, seja de forma orgânica ou via aquisições de empresas que possam contribuir para o negócio. Investimentos constantes em inovação também vêm sendo fundamentais na estratégia da empresa. Somente em 2022, quase 60% do faturamento veio de produtos lançados nos últimos cinco anos.

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Com capital aberto, a expansão acelerada valoriza os papéis da WEG na B3, a bolsa de valores brasileira. Em 2021, a companhia fechou o ano com um valor de mercado – quantidade de ações emitidas vezes a cotação delas – de R$ 138 bilhões. No ano passado, esse número subiu para R$ 161 bilhões.

Graças a essa valorização, os herdeiros tiveram um crescimento médio de 41% na fortuna na mais nova relação da Forbes, o que permitiu que eles escalassem o ranking. Em relação ao levantamento anterior, todos eles subiram de posição.

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