Cerca de 400 pessoas que integravam o Sistema Fiesc foram desligadas na última semana. Eram profissionais, em sua maioria, de cargos de gerência, coordenadoria e diretoria de unidades regionais de entidades como Sesi e Senai. O enxugamento faz parte de um plano de reestruturação liderado pelo presidente Mario Cezar de Aguiar.
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— Com a modernização da legislação trabalhista, houve perda de receita para a Fiesc. Isso nos obriga a nos readequarmos a essa realidade — diz o dirigente.
Aguiar se refere aos valores compulsórios que eram repassados às entidades e que deixaram de ser obrigatórios depois que a reforma trabalhista entrou em vigor – o que resultou numa queda de 15% no orçamento deste ano. Os cortes de pessoal vão reduzir em 10% a folha de pagamento, conforme o presidente. Uma das metas da nova gestão é recuperar essas receitas de uma maneira espontânea junto às empresas, reforçando a relevância dos serviços prestados à indústria catarinense.
O organograma da Fiesc também sofreu alterações para fazer frente ao novo cenário. Duas das seis diretorias executivas (Institucional e Marketing) foram eliminadas. As funções vão ser absorvidas por diretores remanescentes. Também houve uma unificação em torno do Sesi e do Senai. Nas regionais, onde havia um diretor para cada entidade, um mesmo profissional assumirá o comando de ambas. Aguiar fala em compartilhamento de espaços e mais sinergia.
As medidas já estavam previstas e a maioria delas foi tomada antes mesmo de o futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, anunciar, nesta semana, a pretensão de cortar até 50% do orçamento do Sistema S.
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