A SouthRock Capital, empresa que atua como licenciada master e opera a marca Starbucks no Brasil, protocolou nesta terça-feira (31) um pedido de recuperação judicial. Além da rede de cafeterias, o requerimento também inclui o Eataly, complexo gastronômico com lojas e restaurantes na cidade de São Paulo, onde tramita o processo.

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Segundo a petição inicial, as dívidas da empresa chegam a R$ 1,8 bilhão. No país, a SouthRock, que foi fundada em 2015, também opera restaurantes em aeroportos – incluindo um em Florianópolis – e o Subway, mas o fast food de sanduíches ficou de fora do pedido.

Ao recorrer à Justiça, a companhia alegou baixo grau de confiança e alta instabilidade da economia brasileira. Também citou a volatilidade das taxas de juros e variações cambiais que teriam desequilibrado o mercado.

A SouthRock sustenta ainda que teve forte queda nas vendas a partir da pandemia, em 2020 – 95% naquele ano e de 70% e 30% em 2021 e 2022, respectivamente. Também diz que enfrenta dificuldades para conseguir crédito e manter as lojas físicas abertas no período da crise sanitária e que houve alta nos preços dos insumos para o setor de varejo.

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“Desse modo, é evidente que o excesso de endividamento, a baixa lucratividade decorrente do fechamento de seus restaurantes por diversos meses em função da Covid-19 e impossibilidade de obtenção de novas linhas de crédito comprometeram a capacidade de as requerentes honrarem seus compromissos financeiros conforme pactuados”, cita um trecho da petição inicial apresentada pelos advogados da SouthRock, a qual a coluna teve acesso.

Segundo informou o Valor Econômico, a companhia buscava um sócio para ganhar fôlego financeiro diante da escalada da dívida, fruto de uma expansão que teria ocorrido de forma desestruturada.

O Starbucks tem cerca de 190 lojas no Brasil e recentemente abriu as duas primeiras unidades em Blumenau, nos shoppings do Grupo Almeida Junior (Neumarkt e Norte), além de anunciar a estreia em Itajaí, no Itajaí Shopping.

Com dívida bilionária, dona do Starbucks no Brasil pede recuperação judicial

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