A Cia. Hering encerrou 2018 com 38 lojas a menos do que tinha ao final de 2017 (reduziu de 799 para 761), mas ainda assim manteve o faturamento estável. No ano passado, a receita bruta atingiu R$ 1,8 bilhão, leve queda de 1,9% frente ao desempenho do exercício anterior, que somou R$ 1,84 bilhão. Divulgados na terça-feira pela companhia, os dados ainda são uma prévia porque ainda não foram auditados. O balanço oficial, que inclui outras informações que medem a eficiência do negócio, como o lucro líquido, deve sair nas próximas semanas.

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Em comunicado enviado ao mercado, a empresa listou três fatores que impactaram nos resultados do ano: greve dos caminhoneiros, que afetou o abastecimento dos canais multimarcas e das franquias, redução de fluxo nas lojas em dias de jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo e temperaturas mais altas do que se esperava no inverno, o que prejudicou as vendas das coleções frias. Esses motivos já haviam sido apontados pela própria Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) como determinantes para a desaceleração do segmento em geral em 2018.

Apesar de prévios, os números indicam que os resultados no mercado interno foram melhores quando as vendas ocorreram de forma direta. Enquanto nos pontos de venda multimarcas (-5,7%) e na rede de franquias (-2%) o desempenho caiu, nas unidades próprias (+7,5%) e na webstore (+9,3%) eles tiveram bom avanço. Estes dois últimos canais, no entanto, representam uma fatia menor das receitas da Cia. Hering no país, cerca de 22%.

Na principal rede, mais vendas

Principal negócio da companhia, a rede da marca Hering – que representa 579 das 761 unidades da empresa – apresentou resultados positivos, com crescimento de 2,4% no faturamento (cerca de R$ 1,4 bilhão). Ao longo de 2018, 46 pontos de venda passaram por reformas. Além disso, o ano foi marcado pela inauguração de duas lojas conceito que proporcionam ao consumidor uma melhor experiência de interação com a grife.

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