Apesar do terreno ainda bastante fértil para crescer no Brasil, cervejarias artesanais de Blumenau começaram a olhar para além das fronteiras. Com planos para levar suas marcas para novos mercados fora do país, Cerveja Blumenau e Bierland vão participar entre os dias 19 e 23 deste mês de uma rodada internacional de negócios com foco no setor. Elas se juntarão a outras 11 cervejarias do Estado que também integram o grupo. A lista ainda conta com mais uma representante do Vale, a Berghain, de Timbó.

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Batizado de Go To Market, o programa é uma iniciativa do Sebrae-SC com apoio da Associação Blumenauense de Turismo, Eventos e Cultura (Ablutec). Durante a rodada de negócios, cervejarias do Estado serão colocadas em contato com importadores de outros países da América Latina – Argentina, Uruguai, Paraguai e Peru entre eles. É uma oportunidade para estreitar relações e prospectar exportações para o futuro.

Esse contato mais próximo com potenciais clientes de fora é uma das etapas da estratégia de internacionalização dos negócios oferecida pelo programa. As cervejarias selecionadas também recebem capacitação para exportar e consultoria sobre aspectos necessários para embarcar seus produtos para outros países, entre eles custos, tributos, exigências sanitárias, rotulagem e documentação.

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— Todas as cervejarias estão recebendo 60 conteúdos sobre internacionalização, além de workshops voltados ao setor cervejeiro — diz Filipe Gallotti, gerente de internacionalização do Sebrae-SC.

Para a Cerveja Blumenau, a capacitação é um “processo de aprendizado”, diz o diretor Valmir Zanetti, que também preside a Associação Vale da Cerveja. A internacionalização da marca está no radar desde 2019 e a empresa chegou a enviar amostras de produtos para países como Áustria, China e Portugal para “sentir” a recepção de novos mercados. A pandemia, no entanto, esfriou os planos, agora retomados com o suporte oferecido pelo programa.

— No nosso caso é posicionamento de marca. A gente quer ter alguns produtos que possam ter visibilidade lá fora — explica Zanetti.

O empresário cita outros benefícios. Além da diversificação de mercado, a exportação representa uma receita nova em dólar que entra no caixa, com menos tributos.

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A Bierland segue linha semelhante. Eduardo Krueger, um dos sócios da empresa, revela que já havia tratativas para exportar produtos da marca, iniciadas a partir de revendedores interessados antes mesmo da participação no programa. Agora, entendendo melhor como funciona a venda internacional, a ideia é colocar o pé no acelerador. O primeiro alvo são países vizinhos.

— Nos próximos seis meses a gente esperar estar consolidando isso — projeta o empresário.

Em paralelo, a Bierland, que migrou a maior parte da sua linha para embalagens em lata, prepara o desenvolvimento de novos produtos. Uma loja virtual própria, outra novidade, também deve ser lançada nos próximos dias.

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