É cada vez mais improvável que o Centro de Convenções de Blumenau comece a sair do papel ainda em 2021. A prefeitura decidiu romper o contrato com a Zenite Engenharia, responsável pela readequação do projeto – inicialmente planejado para o setor 3 da Vila Germânica, depois alterado para um terreno ao lado do Galegão – e também pela elaboração do orçamento da obra. 

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A rescisão será oficializada nos próximos dias. Com isso, o município vai precisar lançar uma nova licitação, para contratar outra empresa para o serviço. O secretário de Turismo e Lazer, Marcelo Greuel, trabalha para que isso aconteça o mais rapidamente possível.

O valor a ser pago é justamente o nó que ainda falta ser desatado para que o governo de Santa Catarina libere o recurso para a obra – cerca de R$ 35 milhões estão reservados. O Estado alega que o orçamento colocado à mesa não bate com o projeto técnico, já aprovado. Diante das inconsistências, a prefeitura notificou a Zenite para fazer os ajustes necessários. Mas, segundo Greuel, a empresa não estava cumprindo os prazos de entrega prometidos.

A gota d’água veio na última semana, diz o secretário, quando a empresa teria pedido mais 60 dias úteis para concluir os trabalhos – empurrando para a primeira quinzena de setembro uma definição sobre o orçamento. Sem garantias de cumprimento da nova promessa, a prefeitura optou por cancelar o vínculo e partir para outra.

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— Os cronogramas anteriores não nos davam segurança — justifica o secretário.

O próprio prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) informou a decisão a empresários e lideranças políticas na tarde desta sexta-feira (16), durante a cerimônia marcada pela assinatura da ordem de serviço para a retomada das obras do prolongamento da Via Expressa em Blumenau.

Os trâmites do lançamento de uma nova licitação apenas para o orçamento – sem contar a licitação para a construção do Centro de Convenções em si, vencida esta etapa – incluem publicação do edital, recebimento de propostas, análise dos participantes e definição do vencedor, sempre com possibilidade de questionamentos judiciais. Tudo isso representa atraso.

Trata-se, no fim das contas, de mais um revés para uma das obras mais esperadas pela economia da cidade. O Centro de Convenções promete dar fôlego extra ao desenvolvimento local, trazendo eventos que movimentam dezenas de atividades ligadas ao turismo.

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