A Senior Sistemas está prestes a escrever um dos mais importantes capítulos da sua história de 33 anos. A desenvolvedora blumenauense de softwares de gestão, uma das maiores do país no ramo, convocou acionistas para uma assembleia geral extraordinária, marcada para a próxima segunda-feira (24), que vai deliberar sobre o registro da empresa como companhia aberta perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A pauta também inclui a admissão e a listagem da Senior na B3, a bolsa de valores brasileira.
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A formalização de um pedido de registro na CVM, órgão que regula e fiscaliza o mercado de capitais no Brasil, é o primeiro passo para uma empresa abrir capital. Simultaneamente, para que possa ter ações e outros valores mobiliários negociados, a companhia deve solicitar sua listagem na B3.
Caso os acionistas aprovem as medidas, a Senior poderá emitir novas ações com o objetivo de captar recursos no mercado para investimentos – uma das principais vantagens que costumam levar empresas a abrirem capital. É também uma forma de acelerar o crescimento do negócio, já que o dinheiro que entra em caixa pode ser usado para desenvolver novos produtos e também ajuda a facilitar a compra de outras companhias, algo que a Senior já vem fazendo nos últimos anos.
Em novembro, a Senior divulgou que tinha acumulado, entre janeiro e setembro de 2021, uma receita anual de R$ 512 milhões, alta de 43% em relação ao mesmo período de 2020. Só no último ano a companhia fez quatro aquisições – já são 24 desde 2011. A empresa também se movimentou, ao longo de 2021, para se tornar uma multinacional ao anunciar a aquisição da Novasoft, desenvolvedora de softwares da Colômbia.
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Em outras ocasiões, a direção da Senior acenou com um planejamento para que a empresa atingisse R$ 1 bilhão em faturamento em 2023. A abertura de capital faz sentido dentro dessa estratégia. Procurada pela coluna para falar sobre o tema, a companhia informou que tem como política não comentar suas atividades de financiamentos.
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