A catarinense Aurora Alimentos vai investir pouco mais de R$ 1 bilhão em 2023. O aporte, que dá sequência a um planejamento que começou há três anos, será direcionado ao aumento da capacidade de produção, atendimento de exigências legais, inovação e aperfeiçoamentos nas áreas de qualidade, segurança e saúde do trabalho. A cooperativa informou o valor no balanço operacional de 2022, divulgado nesta quinta-feira (2).

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Blumenau e região por WhatsApp

No último ano, a Aurora reportou receita operacional bruta de R$ 22 bilhões, crescimento de 13% em relação a 2021. As sobras do exercício, equivalente ao lucro no modelo cooperativista, foram de R$ 649 milhões. A cooperativa também admitiu 865 novos colaboradores – já são 40,4 mil empregados diretos – nas suas 18 unidades industriais.

Os resultados vieram em uma conjuntura econômica desafiadora, que incluiu instabilidades globais (guerra entre Ucrânia e Rússia) e domésticas (eleições no Brasil), além de aumento nos custos de logística (reajustes nos fretes causados pelo aumento do diesel) e de produção diante da escassez de insumos básicos, como milho e farelo de soja, matérias-primas da nutrição animal.

De acordo com o balanço da Aurora, o mercado interno respondeu por 64,3% (R$ 14,1 bilhões) da receita operacional bruta e absorveu 65,6% da produção. O mercado externo, representado por mais de 80 países, foi responsável por 35,7% (R$ 7,9 bilhões) das receitas e 34,4% da produção. No cenário internacional, colaboraram para os resultados a abertura do Canadá e do México para a carne suína brasileira, além de exportações para o Paraguai, Japão, China e Coreia do Sul.

Continua depois da publicidade

Segundo a Aurora, a cooperativa foi responsável por 25,5% das exportações brasileiras de carnes suínas (líder no mercado) e por 7,2% das vendas externas de carne de frango em 2022. Além de proteína animal, o portfólio inclui ainda massas, produtos a base de leite e outros industrializados. Para 2023, o presidente Neivor Canton diz que a possível recessão na Europa e na América do Norte e os custos “persistentemente elevados” de insumos como milho e soja merecem atenção.

Receba notícias e análises do colunista Pedro Machado pelo WhatsApp ou Telegram

Leia também

Grupo investe R$ 40 milhões em novo hotel em SC

Quanto a Viacredi projeta distribuir em sobras aos cooperados em 2023

SC cria 90 mil novos empregos em 2022 e fica na sétima posição no ranking dos estados

Altenburg freia sucessão na presidência e estuda rede de franquias