A Câmara de Vereadores de Blumenau vai instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de superfaturamento de serviços de roçada e limpeza contratados pelo Samae. Parlamentares se reuniram na manhã desta quarta-feira (6) para tratar do assunto.

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O requerimento que solicita a investigação teve adesão praticamente unânime. Só não assinaram os vereadores Diego Nasato (Novo), Ito de Souza (PL) e João Beltrame (Podemos), que não estavam no encontro. Os três, no entanto, manifestaram estarem de acordo com a investigação.

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A CPI foi proposta pelo líder do governo na Câmara, Jovino Cardoso (Solidariedade). Nos bastidores, a interpretação é de que o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) agiu para antecipar um debate que seria inevitável, mostrando que defende a apuração irrestrita dos fatos. Isso explicaria a adesão-relâmpago da base governista, ampla maioria no Legislativo.

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A CPI será composta por três membros e terá 120 dias de duração. O requerimento assinado pelos parlamentares diz que a Câmara “tem o dever de apurar os fatos relatados e investigá-los”. Nos próximos dias, envolvidos e testemunhas devem ser convocados para serem ouvidos em plenário.

Entenda o caso

Nesta terça (5) a Polícia Civil deflagrou operação que apura suposta fraude à licitação e desvio de dinheiro público na autarquia, responsável pelo abastecimento de água na cidade. Foram cumpridos 22 mandados de busca, em ação que envolveu ao menos 70 agentes. Cinco investigados foram presos.

A reportagem do NSC Total Blumenau apurou que foram apreendidos aparelhos celulares e eletrônicos com pessoas ligadas aos presos. Ao todo, a estimativa dos investigadores é de que o suposto esquema criminoso tenha causado um prejuízo aos cofres públicos de R$ 100 mil mensais desde março de 2021.

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