A Câmara de Vereadores de Blumenau retoma na próxima semana as sessões ordinárias. A primeira de 2020 acontece na terça-feira (4), a partir das 15h. Pelo regimento interno do Legislativo municipal, os encontros ocorrem sempre às terças e quintas.

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Este é o último ano de legislatura da atual composição da Casa. Teremos, como todos sabem, eleições municipais em outubro. Justamente por isso, é de se imaginar que as coisas na Câmara caminhem em "outro ritmo". Reportagem publicada pelo Santa há duas semanas mostrou que pelo menos 8 dos 15 titulares do Parlamento municipal cogitam entrar na disputa majoritária — ou seja, como prefeito ou vice.

É comum no xadrez político que, nesses momentos, as peças do tabuleiro mostrem as caras e busquem valorização. São os chamados balões de ensaio. Evidentemente nem todos eles estarão em cabeças de chapa. O caminho natural para a maioria é buscar uma reeleição à Câmara para se manter em evidência e assim fortalecer projetos futuros, como candidaturas à Assembleia Legislativa ou ao Congresso Nacional em 2022.

Boa parte do ano, portanto, será dedicada a articulações e composições, reuniões de bastidores, troca-troca de partidos e elaboração de estratégias mirando o pleito. Para quem vai disputar um cargo, a orientação costuma ser evitar pautas polêmicas ou entrar em rota de colisão com eventuais apoiadores. Os vereadores podem até negar, mas é inegável que a atividade parlamentar fica em segundo plano em ano de eleição. Aliás, isso ocorre também no Executivo, não apenas no Legislativo.

Se eu pudesse dar um conselho ao eleitor, diria para não se impressionar com discursos rompantes, propostas populistas e demagogia barata. Tudo isso, infelizmente, é mais comum em ano eleitoral. Mesmo para aqueles que só se atentam para a atividade política nestas épocas, nunca é demais lembrar que um mandato eletivo tem quatro anos, não apenas um.

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